APA Foz do Rio Doce: Nova Unidade de Conservação no ES promove desenvolvimento sustentável e proteção da biodiversidade.

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A Foz do Rio Doce, no Espírito Santo, tornou-se uma área de proteção ambiental após ser atingida por rejeitos de Mariana. Localizada entre Linhares e Aracruz, no Norte do estado, a região se destaca pela proteção de espécies ameaçadas e pela promoção do desenvolvimento sustentável de comunidades tradicionais.

O Espírito Santo conquistou uma nova Unidade de Conservação federal na semana em que se comemora o Dia do Meio Ambiente, em 5 de junho. A Área de Proteção Ambiental (APA) da Foz do Rio Doce abrange 45.417 hectares entre Linhares e Aracruz, no Norte do estado. Além disso, outras duas unidades também foram criadas no Paraná.

A APA Foz do Rio Doce é a maior das três unidades criadas recentemente, após a assinatura de um decreto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa iniciativa foi proposta pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A região da foz do Rio Doce abriga uma diversidade biológica única, com 255 espécies de aves, 47 de anfíbios, 54 de répteis e 54 de mamíferos. Também é um local vital para espécies marinhas ameaçadas, como o mero, a toninha, a tartaruga-de-couro e a tartaruga-cabeçuda. Além disso, é a única área continental de desova da tartaruga-de-couro no Brasil.

A criação da Área de Proteção Ambiental possibilitará que a comunidade local, composta por pescadores, comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas, desenvolva atividades sustentáveis enquanto preserva o ambiente da região. Esse modelo de gestão visa proteger espécies ameaçadas e garantir a sustentabilidade econômica da população local.

A APA Foz do Rio Doce complementa a proteção já existente na Reserva Biológica (Rebio) de Comboios, criada em 1984. A criação dessa unidade de conservação reforça o compromisso com a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável da região.

Além da APA da Foz do Rio Doce, o decreto também estabeleceu a criação de duas unidades no Paraná: Faxinal São Roquinho e Faxinal Bom Retiro. Essas unidades têm como objetivo preservar as florestas de araucárias e melhorar as condições de vida das comunidades tradicionais locais.

Os povos faxinais, comunidades que criam animais soltos em terras coletivas, são uma importante fonte de renda e alimentação na região. A preservação das araucárias, erva-mate e pinhão impacta diretamente na subsistência dessas famílias locais. A criação de áreas de proteção ambiental como a APA Foz do Rio Doce e as unidades no Paraná contribuem para a conservação da biodiversidade e a promoção do desenvolvimento sustentável em diferentes regiões do país.

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