Carla Zambelli, deputada pelo PL-SP, está enfrentando uma situação delicada após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretar sua prisão preventiva. Em resposta, Zambelli alegou que a decisão é “ilegal, inconstitucional e autoritária”, indo contra os princípios da Constituição brasileira. Segundo a parlamentar, a prisão de um deputado federal só é permitida em flagrante e por crime inafiançável, o que não seria o caso dela. Ela também criticou a atitude do ministro em agir de forma monocrática, sem levar o caso para deliberação plenária.
No entanto, Carla Zambelli foi condenada em maio a 10 anos de prisão por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Diante disso, a deputada decidiu fugir do país, atravessando a fronteira com a Argentina e chegando até a Flórida, nos Estados Unidos. A prisão preventiva de Zambelli foi determinada por Alexandre de Moraes a pedido da Procuradoria-Geral da República, que alega a necessidade da medida para evitar a impunidade.
Além da ordem de prisão, Moraes determinou o bloqueio dos passaportes da deputada, incluindo o diplomático que ela possuía por ser parlamentar, bloqueio de salários, contas bancárias, veículos, embarcações e aeronaves em seu nome, bem como o bloqueio de seus canais em redes sociais e a imposição de multa diária por postagens consideradas criminosas. O ministro também solicitou que o governo brasileiro peça à Interpol a inclusão do nome de Zambelli na lista vermelha da organização policial internacional.
Diante desse cenário, Carla Zambelli prometeu denunciar o que considera ser um “abuso” e uma “perseguição política” em fóruns internacionais, alegando que os ministros do Supremo agem como “imperadores” ao desrespeitar as leis. Ela alerta para o início de uma escalada autoritária no país, onde vozes são caladas e famílias são destruídas. A deputada afirma que a perseguição política está apenas começando a ser revelada e que tomará medidas para expor a situação perante a comunidade internacional.
Em meio a esse embate entre Carla Zambelli e o ministro Alexandre de Moraes, a deputada se encontra fora do país, tentando evitar as consequências legais de suas ações. Enquanto isso, a decisão do STF e as medidas tomadas por Moraes continuam a ecoar no cenário político e jurídico do Brasil, levantando discussões sobre a separação dos poderes, a imunidade parlamentar e a adequação das punições aos crimes cometidos. O desfecho desse caso promete ser acompanhado de perto por todos os envolvidos e pela sociedade como um todo.
