Facebook revela deixar 50 milhões de contas desprotegidas

Depois de um ataque cibernético, o facebook revelou, nesta sexta-feira (28), ter deixado desprotegidos dados de 50 milhões de clientes. Isso permitiu que os hackers tivessem acesso às senhas para entrar nas contas, o que lhes permitia não só roubar os dados, como também alterá-los. A empresa emitiu um comunicado no qual diz que já tomou medidas para corrigir o problema.

Segundo a empresa de Mark Zuckerberg, os invasores se aproveitaram de uma debilidade no código de uma ferramenta do Facebook chamada “ver como”, uma tecnologia que permite que o usuário visualize seu perfil da forma como outra pessoa o vê. Uma mudança recente no código de outra ferramenta do Facebook afetou de forma inesperada esse recurso e permitiu o acesso.

Através deste caminho, os hackers tiveram acesso às chaves (tokens) de 50 milhões de contas. Essa chave interna é o código que permite que o Facebook recorde os dados do usuário, para que este não precise digitar sua senha cada vez que entra na rede.

Ao descobrir o caso, nesta terça-feira (25), a rede desativou as chaves de 50 milhões de perfis que a empresa calcula terem sido afetados, assim como de outros 40 milhões de usuários que tinham usado o recurso “ver como”. Por isso, 90 milhões de pessoas que tentaram acessar a rede desde então receberam a informação de que sua sessão tinha sido encerrada e teriam de reinserir manualmente seus dados.

Ao entrar no Facebook, o usuário vê uma mensagem explicando o que aconteceu. A empresa informou ainda que desativou a função “ver como” e está revisando seu código.

O comunicado assinado pelo vice-presidente de produto, Guy Rosen,  deixa claro se os dados foram efetivamente roubados ou não, nem se as contas chegaram a ser alteradas. “Como acabamos de iniciar nossa investigação, ainda não determinamos se essas contas foram manipuladas ou se alguém chegou a acessar as informações”, diz o texto.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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