O DE autorizou, nesta sexta-feira (6), a retomada da produção de uma unidade da Solar, em Maracanaú (CE), que foi paralisada, na quarta-feira (4), por suspeita de contaminação de refrigerantes com álcool. A Solar é a segunda maior fabricante dos produtos da Coca-Cola no Brasil, de acordo com informações da empresa.
Laudos preliminares apresentados pela empresa indicaram que não houve contaminação nos produtos. No entanto, um laudo final com o resultado deve ser emitido pelo próprio Ministério, na próxima semana. Enquanto aguardam esse resultado, a comercialização das bebidas permanece suspensa.
Após a detecção de componentes do refrigerante, como a cafeína, no líquido de resfriamento composto por etanol alimentício, a fábrica foi fechada. O Ministério está investigando se o álcool pode ter sido introduzido no refrigerante de forma indevida.
A retomada da produção foi liberada depois que a Solar apresentou documentos que atestaram a correção de um vazamento no sistema de resfriamento da linha de produção. Cerca de 9 milhões de litros de refrigerante foram enviados para análise para garantir a segurança e qualidade dos produtos.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou que, mesmo que a contaminação seja confirmada, não representa riscos para a saúde dos consumidores. Ele explicou que a empresa utiliza etanol alimentício e água no processo de resfriamento, e se houver a presença de etanol alimentício no refrigerante, a comercialização não será permitida. No entanto, ele frisou que o consumo não traria riscos de morte.
Com a liberação para retomada da produção, a Solar poderá normalizar suas atividades e aguardar os resultados finais para esclarecer toda a situação. O incidente ressalta a importância do controle de qualidade e segurança alimentar em todas as etapas da produção e comercialização de alimentos e bebidas.