Crise de superlotação no Hospital PUC-Campinas: medidas emergenciais e busca por soluções para garantir atendimento adequado aos pacientes

crise-de-superlotacao-no-hospital-puc-campinas3A-medidas-emergenciais-e-busca-por-solucoes-para-garantir-atendimento-adequado-aos-pacientes

Superlotado, o Hospital PUC-Campinas tem enfrentado uma crise de superlotação, com 47 pacientes alocados nos corredores da unidade devido à falta de espaço físico adequado. Segundo a administração do hospital, a capacidade instalada está completamente excedida, atingindo uma taxa de ocupação de 390% acima do recomendado. Diante deste cenário preocupante, foi anunciada a suspensão das cirurgias eletivas por um período de sete dias, visando priorizar o atendimento aos pacientes em estado mais grave.

A Secretaria Municipal de Saúde de Campinas informou que está acompanhando de perto as negociações em andamento para a ampliação de leitos na cidade. A busca por soluções emergenciais inclui a parceria com o Estado para aumentar a quantidade de leitos do SUS e aliviar a sobrecarga nos prontos-socorros da região. A implantação do Hospital Metropolitano tem sido uma das principais reivindicações das autoridades locais, visando suprir a demanda crescente por atendimento médico-hospitalar.

Além disso, a reabertura de 36 leitos de enfermaria adulto no Hospital de Clínicas da Unicamp, fechados desde o ano passado, também é uma medida que deve contribuir para desafogar os serviços de saúde na região. A Pasta de Saúde monitora de forma contínua a ocupação dos leitos e os encaminhamentos de pacientes, buscando otimizar o fluxo de atendimento e garantir assistência a todos que buscam por cuidados médicos.

A ocupação nos hospitais Mário Gatti e Ouro Verde varia constantemente, com taxas que chegam a 95% a 100%, refletindo a alta demanda por serviços de saúde na cidade. No entanto, a prioridade é garantir que nenhum paciente seja privado de atendimento, mantendo o sistema “porta aberta” para acolher a todos que necessitam de cuidados médicos. Para casos de baixa complexidade, a população é orientada a buscar por centros de saúde ou unidades de pronto atendimento (UPAs) para agilizar os atendimentos nos hospitais.

Em 2021, Campinas contava com 885 leitos disponíveis, considerando os convênios com hospitais privados e a Rede Mário Gatti. Atualmente, a cidade dispõe de 938 leitos no SUS Municipal, além de outras estruturas destinadas ao atendimento de pacientes, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). O Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD) também desempenha um papel fundamental no acolhimento e cuidado de pacientes fora do ambiente hospitalar.

Diante do cenário de crise na saúde pública, a busca por soluções que visem melhorar o acesso e a qualidade dos serviços de saúde torna-se imprescindível. A mobilização de diferentes esferas do poder público, juntamente com a sociedade civil, é fundamental para garantir o bem-estar e a segurança dos cidadãos. A atuação conjunta e a implementação de medidas efetivas são essenciais para superar os desafios e promover um sistema de saúde mais eficiente e humanizado. A busca por soluções sustentáveis e de longo prazo deve ser uma prioridade constante, visando garantir o acesso universal e igualitário aos serviços de saúde em Campinas e região.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp