Quadrilha que aplicou golpes em leilões falsos em Minas Gerais é alvo de operação com mais de 30 indiciados

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Mais de 30 são indiciados em investigação contra quadrilha que aplicou golpes em
sites de leilões falsos em Uberlândia e Frutal

Os suspeitos poderão responder pelos crimes de fraude eletrônica, organização
criminosa e lavagem de dinheiro. Entre os indiciados estão os principais
operadores financeiros e responsáveis pela lavagem do capital.

Quadrilha que aplicou golpes em sites de leilões falsos no Estado de Minas Gerais é alvo de novos
mandados

A Polícia Civil indiciou 38 investigados por envolvimento em investigação contra
uma quadrilha que aplicou golpes em sites de leilões falsos em Uberlândia e
Frutal. A conclusão foi divulgada nesta sexta-feira (6) e a investigação faz parte da
operação Martelo Virtual.

Os suspeitos poderão responder pelos crimes de fraude eletrônica, organização
criminosa e lavagem de dinheiro. Conforme a Polícia Civil, entre os indiciados
estão os principais operadores financeiros e responsáveis pela lavagem do
capital.

“A organização criminosa fez vítimas em oito estados. Centenas de pessoas foram
lesadas pelo golpe do leilão falso. As fraudes eletrônicas causaram prejuízos
milionários. Com os bens apreendidos, sequestrados e bloqueados judicialmente, a
grande maioria das vítimas poderão ter seus patrimônios restabelecidos”, afirmou
o delegado Felipe Colombari.

INVESTIGAÇÃO

A primeira fase da força-tarefa ocorreu no final em abril de 2024. Segundo as
investigações iniciadas pela delegacia de Frutal, o grupo movimentou
mais de R$ 1 milhão em apenas um mês aplicando o golpe em Uberlândia, Frutal
e outras cidades do país.

O grupo investigado desde 2023 agia em diversas cidades, não apenas no interior
de Minas, como também em Curitiba e Rolândia, no Paraná.

Na primeira fase, um jovem de 27 anos e uma mulher, de 23, foram alvo da
operação. Outras três ordens judiciais de buscas foram cumpridas sendo
apreendidos celulares, que subsidiaram a continuidade da investigação.

Segundo o delegado de Frutal, João Carlos Garcia Pietro, uma das investigadas
confessou que foi recrutada para receber os valores e indicou outros suspeitos
para participarem, como um “esquema de pirâmide”. A primeira vítima da
quadrilha, inclusive, foi identificada em Frutal.

Já a segunda fase da operação cumpriu mandados contra os alvos em São Paulo.

Foram presas 12 pessoas, com apreensão de 32 veículos e bloqueio de outros 506.
As autoridades também sequestraram 86 imóveis e bloquearam 1.023 contas
bancárias, totalizando R$ 18 milhões em valores congelados.

GOLPE DO LEILÃO FALSO

O Golpe do Leilão Falso ocorre através de sites de leilões que não existem.
Assim, quando a vítima pesquisa leilões na região, os sites falsos são
facilmente encontrados na plataforma de busca.

No caso investigado, os suspeitos criaram um site de leilão com o endereço
semelhante a outro verdadeiro. Ao pesquisarem na internet, muitas vítimas
acessavam o site falso promovido na plataforma pelos suspeitos.

Ao arrematar um suposto veículo, as vítimas eram direcionadas para uma conversa
em aplicativo de mensagens, sob o pretexto da finalização das tratativas. Nesse
momento, os suspeitos solicitavam transferências via Pix para contas de
terceiros.

OPERAÇÃO MARTELO VIRTUAL

O nome da operação é uma referência direta ao objeto utilizado em leilões
presenciais para finalizar um lance e determinar o vencedor.

No contexto do golpe de leilão falso, segundo a PC, o martelo virtual sugere a
transposição desse elemento físico para o ambiente digital, onde os lances
fraudulentos são realizados de forma virtual e ilusória.

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