Polícia fecha laboratório de cocaína

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), deflagrou nesta quarta-feira, dia 22, a Operação Conúbio – Parte 2. Durante a ação realizada nos setores Três Marias e Vista Bela, ambos em Goiânia, foi fechado um laboratório de refino de cocaína, com apreensão de 50 quilos da droga, material para embalagem, formas, microondas, balanças de precisão e extensa contabilidade do tráfico.

No laboratório, no Bairro Três Marias, as equipes prenderam Danilo Vieira dos Santos, de 28 anos, e, em seguida, foram à cada dele, no Setor Vista Bela, onde apreenderam uma pistola de calibre 380 e R$ 80 mil em espécie, além de uma máquina contadora de cédulas.

A operação é continuidade da Operação Conúbio, realizada em 23 de fevereiro, quando dez indiciados foram presos por tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte de arma. Parte do grupo articulava a aquisição e posterior comercialização da droga, que era armazenada e distribuída pelos demais. Os integrantes eram responsáveis pela venda direta e chegavam a manipular a cocaína para aumentar seu volume, além de recolherem valores e constantemente prestarem contas de suas ações.

De acordo com o delegado Vinícius Teles, titular da Denarc, apesar das diligências na primeira fase da operação, as investigações apontaram que a maior parte da droga da associação ainda estava sob a posse de um último investigado, que permanecia, apesar da prisão dos demais, comercializando cocaína. As equipes empenharam e identificaram o suspeito como Danilo, preso nesta quarta-feira.

Fonte: Goiás Agora

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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