Edifício Maranhão em BH: primeiro retrofit transformará em residencial no Centro

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Primeiro retrofit de BH vai transformar prédio icônico em residencial no Centro

Edifício Maranhão, prédio histórico no Centro da capital, será transformado em residencial com 124 apartamentos e espaço aberto ao público, com bar, biblioteca e terraço. Revitalização marca início da aplicação da nova legislação municipal, que entrou em vigor mês passado.

O Edifício Maranhão, na Rua dos Tupinambás, no coração do Centro de Belo Horizonte [https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/cidade/belo-horizonte/], foi o primeiro a receber alvará para realização de retrofit após a entrada em vigor de uma nova lei municipal voltada à destinação de moradias e revitalização de imóveis antigos na região.

Inaugurado em 1948, o prédio passará por uma transformação para se tornar um residencial com 124 apartamentos.

O retrofit prevê a substituição completa das instalações elétricas e hidráulicas, além de intervenções estruturais que respeitam o caráter histórico do edifício, tombado pelo município.

Segundo a arquiteta Gisele Borges, responsável pelo projeto, a proposta é dar uma nova vida ao imóvel, preservando elementos originais como elevadores, bebedouros importados e o nome da fachada.

A caixa superior do prédio será restaurada com uma pintura no estilo art déco, executada por um artista convidado. O último andar vai abrigar um espaço de convivência com bar de vinhos, biblioteca e terraço.

O edifício, que já teve fila de espera para locação de salas comerciais, hoje está com apenas 30% de ocupação. As 138 salas serão convertidas em apartamentos. Cem deles terão 30 metros quadrados, enquanto as demais unidades terão entre 50 e 100 metros quadrados.

O prédio pertence à família Lobato desde sua inauguração. Mariangela Lobato de Castro, atual proprietária, mantém preservados desenhos originais do projeto, feitos pelo arquiteto Rafael Hardy.

A filha dela, Letícia Lobato Casanova Costa, é sócia-administradora e relembra o carinho do avô com o edifício

A intervenção foi aprovada pelo Conselho de Patrimônio Cultural de Belo Horizonte, condição exigida para obras em imóveis tombados.

Para a arquiteta Gisele Borges, o retrofit do Maranhão dialoga com um público que valoriza história, arte e design.

O empresário Felipe Martins é um dos que se interessam pela ideia de morar em um prédio histórico revitalizado.

A proposta é contribuir para a reocupação do centro da cidade com novos moradores, fomentando a preservação patrimonial aliada ao uso contemporâneo dos imóveis históricos.

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