Motta diz que votação sobre derrubada de decreto de Lula passará recado simbólico ao governo

O presidente da Câmara afirma que os deputados estão desconfortáveis com o aumento de impostos. Nesta segunda-feira, os deputados devem votar a urgência para acelerar a derrubada do decreto de Lula.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou hoje que a votação da urgência para derrubar o decreto do governo Lula, que estabeleceu um aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), terá uma abordagem simbólica em relação ao sentimento dos deputados.

Segundo Motta, na Câmara e nos partidos há um “esgotamento de medidas” que visam aumentar a arrecadação por meio do aumento de impostos. Ele ressalta que o governo precisa apresentar propostas para melhorar as contas públicas com cortes nas despesas.

Para Motta, as medidas para substituir o IOF podem ter uma reação muito negativa por parte da população. Ele destaca que é importante que o governo não penalize os mais carentes, mas também não pode sobrecarregar aqueles que geram renda.

A nova decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, cobrando explicações sobre a destinação de verbas de emendas, foi o gatilho para uma reação mais incisiva. O ministro deu 10 dias para o Congresso esclarecer um orçamento “paralelo” de R$ 8,5 bilhões vinculado ao Palácio do Planalto.

No novo decreto publicado, o governo recuou em parte do aumento do IOF realizado em maio. Reduziu a alíquota fixa do imposto e também parte do tributo sobre operações de risco sacado. As mudanças visam equilibrar as necessidades financeiras sem impactar negativamente a população.

Com essas movimentações, a votação da urgência para derrubar o decreto de Lula se mostra como um importante ponto de discussão no cenário político atual. A busca por soluções que beneficiem a sociedade como um todo é o objetivo principal dos parlamentares envolvidos nesse processo.