Casal que voaria no balão que caiu em SP escapou de acidente por atraso devido a um erro em GPS
Um atraso de 25 minutos fez com que um casal de Sorocaba (SP) perdesse a partida do balão que caiu em Capela do Alto (SP), no domingo (15). Uma mulher de 27 anos morreu. Giovanna Versuti e o namorado Davi Siolari deveriam ter chegado ao local combinado às 5h, mas um erro no trajeto do aplicativo usado por eles fez com que se atrasassem.
Em entrevista ao Diário do Estado, a analista de marketing contou que o namorado copiou e colou o endereço e colocou no aplicativo. No entanto, um erro no GPS fez com que eles fossem para outro local.
“Mandou a gente para a cidade, no Centro. Depois, a gente atualizou de novo e mandou para o lugar corretamente”, lembrou.
Quando chegaram ao local da decolagem, souberam que teriam de trocar de balão. “A gente ia com o grupo maior, que é esse balão que caiu. Aí, como a gente se atrasou, mandaram a gente com outra pulseira, que era do grupo menor,” lembra.
Giovanna disse também que, após o passeio, voltou para a casa com o namorado e dormiu. Ela soube da queda do balão após acordar durante a tarde com ligações de amigos e da família, todos preocupados com o casal.
O sentimento dela após o ocorrido é um misto de gratidão e tristeza. “Ao mesmo tempo que estamos gratos pelo nosso atraso, estamos tristes pelos colegas que, infelizmente, não tiveram um final feliz.”
Fabio Salvador Pereira, piloto do balão que caiu na área rural de Capela do Alto, passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva na segunda-feira (16). Ele vai responder por homicídio culposo agravado e atividade irregular de balonismo. Ele trabalha para a empresa Aventurar, que já havia sido lacrada anteriormente e que reabriu com outro CNPJ. A polícia não informou se também investiga a empresa (leia mais abaixo).
A mulher que morreu na queda do balão foi identificada como Juliana Prado de Oliveira, de 26 anos, natural de Pouso Alegre (MG). Ela estava no passeio com o marido, com quem comemorava o Dia dos Namorados.
Fabio trabalhava para a empresa Aventurar. Segundo a Confederação Brasileira de Balonismo, o balão não tem documento e essa mesma empresa já havia sido lacrada anteriormente, mas retornou às atividades com outro CNPJ.
Conforme a prefeitura, essa mudança desrespeita as normas de segurança. O Executivo não deu detalhes das irregularidades, mas informou que o responsável legal pela empresa proprietária da aeronave, que é reincidente, ainda não havia se apresentado à polícia.
