O Ministério das Relações Exteriores avalia reforçar o alerta para que brasileiros não viagem para Israel e outras regiões em conflito no Oriente Médio. Comunicados incluiriam países como Israel, que desde outubro de 2023, já possui alerta consular desaconselhando viagens não essenciais ao país. Além disso, o Brasil também emite alertas para o Irã, Líbano e Faixa de Gaza. A situação se intensificou devido ao agravamento dos conflitos entre Israel e Irã nos últimos dias.
Desde outubro de 2023, quando os conflitos entre Israel e o Hamás se intensificaram, o Itamaraty mantém um alerta consular desaconselhando viagens não essenciais ao país. Os recentes ataques entre os dois países coincidiram com a visita de duas comitivas de autoridades brasileiras a Israel, convidadas pelo governo israelense para promover a troca de conhecimentos e cooperação em diversas áreas. Porém, as delegações foram surpreendidas pelos ataques do Irã a Tel-Aviv logo após os ataques de Israel.
Neste cenário tenso, 12 autoridades brasileiras que faziam parte de uma das delegações enviadas pelo governo de Israel conseguiram deixar o país e chegaram à fronteira com a Jordânia com o apoio das embaixadas de Israel e Brasil, além do Ministério das Relações Exteriores. Já as outras 27 autoridades aguardam autorização das Forças de Defesa de Israel para seguirem até a fronteira e embarcarem em voos comerciais de retorno ao Brasil.
O Itamaraty continua monitorando a situação dos brasileiros em Israel, incluindo residentes e turistas. A comunidade brasileira no país é de aproximadamente 12 mil pessoas, em sua maioria binacionais. Mesmo com o monitoramento da situação, uma eventual operação de repatriação é complexa devido ao fechamento do espaço aéreo de Israel e a necessidade de deslocamento terrestre até um país vizinho, como a Jordânia.
Interlocutores do Ministério das Relações Exteriores destacam que a viagem a turismo para Israel, conhecido por ser um destino de turismo religioso, desconsidera as orientações existentes desde 2023. Apesar das dificuldades logísticas, o Itamaraty não descarta a possibilidade de planejar uma operação de resgate de brasileiros nas regiões de conflito, se necessário, dependendo das variações na situação e das condições de segurança garantidas pelo governo de Israel.
