A colheita do café avança no Sul de Minas, uma das principais regiões produtoras do país. De acordo com a Emater, o Diário do Estado possui uma área produtiva de 557 mil hectares. Até agora, 30% da safra já foi colhida, e as perdas inicialmente previstas foram revistas. Apesar dos problemas climáticos na florada, os produtores estão mantendo o otimismo em relação à safra deste ano.
Em São Sebastião do Paraíso, o produtor Ricardo Fernando Silva cultiva café há cinco anos em uma área de 35 hectares. Desde maio, ele e os sócios colheram cerca de 10 toneladas, o que corresponde a 20% da expectativa de produção, estimada em 800 sacas. Mesmo diante das adversidades climáticas, a mão de obra tem sido um desafio, levando à mecanização da lavoura para otimizar o processo.
O café produzido na propriedade de Ricardo abastece tanto o mercado interno quanto é exportado para países da Europa e da Ásia. Investir em qualidade e certificações tem garantido melhores preços e acesso a mercados mais exigentes. Segundo o produtor, a satisfação de levar um produto de qualidade para fora do país é gratificante.
A engenheira agrônoma da Emater, Sirlene Renata Sanfelice, informou que as perdas na safra foram menores do que o esperado, estimando uma redução de aproximadamente 10% em relação ao ano anterior, em vez dos 15% inicialmente previstos. Alguns produtores enfrentaram problemas com grãos verdes e menor rendimento por anteciparem a colheita, mas aqueles que esperaram estão colhendo frutos mais maduros e com melhor qualidade.
Na mesma região, outra fazenda em São Sebastião do Paraíso está com a colheita a todo vapor e deve continuar até agosto, com a expectativa de colher 1.300 sacas, um aumento de 15% na produção em comparação ao ano passado. O manejo do solo e investimento em matéria orgânica ajudaram a minimizar os impactos da seca na fazenda, cujo administrador, Luiz Paulo Kazuo Oikawa, destaca a importância dessas estratégias.
Diante da atual situação da colheita de café no Diário do Estado, a perspectiva é de que a safra se mantenha dentro das expectativas, mesmo com os desafios enfrentados pelos produtores. Além disso, a busca por qualidade e a implementação de práticas sustentáveis continuam sendo fundamentais para o sucesso do setor cafeeiro na região.