No Pachuca, John Kennedy acredita em retorno ao Fluminense: “Minha história não acabou”

Em entrevista exclusiva ao De, autor do gol que classificou o Flu para o torneio projeta jogo contra o Real Madrid e fala sobre futuro: “Vou mostrar que tenho capacidade de jogar na Europa”

O destino parece estar sempre ao lado de John Kennedy. Autor do gol que classificou o Fluminense para a Copa do Mundo de Clubes da Fifa, o jogador passou por altos e baixos em 2024 e ficou fora dos planos do Tricolor para a atual temporada. Ainda assim, quando parecia distante de jogar a primeira edição do novo Mundial, acabou negociado com o Pachuca-MEX e tem uma nova chance de mostrar o futebol na competição.

Em entrevista exclusiva ao De, John, que tem 11 participações em gols em 20 jogos no ano, fala sobre a expectativa para o torneio, superação após 2024, saudades do Rio de Janeiro e sonhos para a carreira.

O caminho até a Copa do Mundo de Clubes da Fifa foi longo. Na estrada repleta de idas e vindas, John confessa que demorou a ter dimensão do que fez na final da Libertadores, mas não esconde o orgulho:

– Não sabia como tinha sido importante (o gol da final). Acho que depois de alguns meses, principalmente depois do ano de 2024 do Fluminense, eu entendi e vejo que estou na história do clube. Vejo que muitas pessoas ainda têm carinho por mim por conta do gol, isso me deixa muito feliz – afirma o jogador.

O gol na prorrogação contra o Boca Juniors garantiu a vaga do Fluminense na competição. No entanto, fora dos planos da equipe em 2025, o herói da conquista, negociado no começo do ano, poderia não ter tido a chance de participar do torneio em caso de negociação com outro time. Em boa fase no Pachuca e garantido na Copa do Mundo de Clubes, o atacante acredita que merece estar na competição.

– Sei que nada acontece por acaso. Eu realmente tenho o sentimento de merecimento de estar aqui. Com o trabalho que estou fazendo, sei que mereço estar vivendo esse momento. Estou feliz por estar jogando pelo Pachuca e estaria feliz se estivesse jogando pelo Fluminense – diz JK.

Na estreia do Pachuca na Copa do Mundo de Clubes, o atacante começou no banco, mas entrou bem no decorrer do segundo tempo. Apesar da boa atuação, o time mexicano perdeu para o RB Salzburg por 2 a 1 e agora enfrenta o Real Madrid, que vem de empate com o Al-Hilal. O renome do adversário, no entanto, não assusta John Kennedy. Acostumado com decisões, acredita que o duelo pode ser uma porta de entrada para realizar o sonho de jogar na Europa:

– Tudo é uma oportunidade. Acho que é uma oportunidade de fazer o que a gente ama contra grandes craques. É a chance de mostrar que eu também posso ter meu nível contra eles, não importa quem seja o Real Madrid. A gente respeita, mas respeita indo para cima. Eu vou mostrar meu talento, mostrar o nível que eu tenho e que tenho capacidade de jogar na Europa – afirma.

Além do lado individual, JK também destaca o coletivo do Pachuca. O grupo com dois europeus e o Al-Hilal, ex-clube de Neymar, traz dificuldades. Mas, para o jogador, os mexicanos vão surpreender:

– Quando se trata de futebol, tudo pode acontecer. No futebol não existe impossível. É um grupo difícil, mas nossa equipe também é boa, tem bons jogadores. Acho que a gente vai surpreender muita gente. Nosso time tem condições de se classificar e é o que vamos buscar. Classificar, chegar o mais longe possível e quem sabe ser campeão. É sonho – completa JK.

Mesmo com sonhos e projeções, o futuro do jogador ainda está em aberto. John Kennedy está emprestado ao Pachuca até o final de 2025 e, para exercer a opção de compra, o clube mexicano precisa pagar algo perto dos R$ 40 milhões. Apesar das incertezas, a volta ao Fluminense não é descartada pelo jogador, que acredita ainda ter capítulos para escrever:

– Minha história no Fluminense não acabou. Não saí da forma que eu queria, então acho, sim, que ainda tenho coisas para viver no Fluminense. Não sei quando, isso o futuro que vai dizer, mas, sim, quero voltar ao Fluminense um dia. Quero continuar a história que ainda não terminou, ser considerado um dos maiores ídolos do clube. Sei que tenho capacidade para isso, então quero voltar um dia e escrever mais um livro bonito, com um final ainda mais bonito – declarou John Kennedy.