Justiça condena Distrito Federal a indenizar família de bombeiro morto por policial militar
Os valores referentes à indenização por danos morais concedidos à família do bombeiro morto por um policial militar em novembro de 2022, em Ceilândia, foram aumentados pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Walter Leite da Cruz, que tinha 38 anos e era 2º sargento do Corpo de Bombeiros, foi vítima de um trágico incidente dentro de sua residência.
Segundo a decisão judicial, os valores foram elevados para R$ 100 mil para cada um dos quatro filhos, assim como para a viúva. Além disso, foi determinada a quantia de R$ 70 mil para cada um dos genitores da vítima, a mãe e o pai. No entanto, o pedido de danos materiais relacionados ao plano de saúde foi negado pela justiça, devido à falta de comprovação de exclusão da mãe do benefício após o ocorrido.
A irmã da vítima informou ao DE que a família pretende recorrer da decisão, uma vez que o valor estabelecido não cobre as despesas tanto materiais quanto morais enfrentadas pela família. A negativa dos danos materiais relativos ao plano de saúde da mãe da vítima também é um dos motivos que levaram a família a buscar por um recurso.
O fatídico incidente que resultou na morte de Walter Leite Cruz aconteceu durante uma ação policial, em que os policiais perseguiam um suspeito de agredir a companheira em Ceilândia. O suspeito, ao fugir da equipe policial, invadiu a residência do bombeiro, sendo confundido pelo policial que disparou contra Walter Leite da Cruz.
Após ser socorrido e encaminhado ao Hospital Regional de Ceilândia em estado grave, o bombeiro não resistiu aos ferimentos e veio a falecer. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) apresentou o policial responsável pelo disparo à Corregedoria da corporação, enquanto o suspeito que fugia da equipe foi detido e encaminhado à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam).
Diante de toda a situação, a família do bombeiro busca por justiça, considerando os desdobramentos do incidente e a perda irreparável sofrida. A elevação dos valores da indenização por danos morais é um passo importante, porém, a recusa dos danos materiais relacionados ao plano de saúde representa um desafio adicional para a família enlutada. O caso permanece como um alerta sobre a importância da segurança e da diligência nas operações policiais para evitar tragédias como essa.