Brasileiro preso no Catar após ataque do Irã à base dos EUA estoca mantimentos:
‘Mísseis passando por cima’; VÍDEO

Morador de Santos, no litoral de São Paulo, Audrey Bernardo foi ao Catar a passeio e pretende deixar o país assim que conseguir um voo.

Brasileiro faz estoque de mantimentos após ataque do Irã a base militar dos EUA no Catar G1

Brasileiro faz estoque de mantimentos após ataque do Irã a base militar dos EUA DE

O que era para ser uma viagem de lazer pela primeira vez a Doha, no Catar, virou um pesadelo para o empresário brasileiro Audrey Bernardo, que foi surpreendido com o ataque do Irã à base militar dos EUA na Ásia Ocidental. DE Ao DE, o morador de Santos, no litoral de São Paulo, contou que tentou deixar o país, mas se deparou com o aeroporto fechado (assista acima).

Audrey contou que pretende sair do Catar assim que conseguir transporte de volta ao Brasil. Enquanto isso, fez estoque de água e mantimentos no apartamento em que está hospedado.

“Para nós, brasileiros que não estamos acostumados a essa situação, o clima é super tenso, e você fica preocupado […]. Conseguindo voo, estou partido”, lamentou.

Empresário no segmento de planos de saúde, Audrey chegou a Doha na última quarta-feira (18) para encontrar um amigo que atua como treinador de goleiros na capital do Catar. Ele se hospedou em um apartamento junto com a mãe e o irmão do homem, que também foram a passeio no país.

Audrey Bernardo fez estoque de mantimentos e água no apartamento onde está hospedado em Doha, no Catar — Foto: Arquivo pessoal

Segundo o brasileiro, a pretensão era ficar até o dia 28, mas os planos mudaram quando o grupo de turistas estava voltando de um passeio ao deserto na segunda-feira (23) e descobriu sobre o ataque do Irã.

“Começamos a ouvir um barulho. Até então, achávamos que era alguma coisa de obra. Uma quadra antes de chegarmos no apartamento, avistamos algumas muçulmanas correndo e chorando”, relembrou.

De acordo com o empresário, as moradoras fizeram gestos indicando que havia mísseis e o grupo se assustou, mas retornou para o apartamento, onde viu muitas pessoas nas janelas olhando para o céu.

“Os mísseis passando por cima da nossa cabeça. Com isso, o estouro era muito grande. Então, ouvia o barulho e dava como se fosse uma mexida no chão”, descreveu Audrey.

Audrey Bernardo estava a passeio em Doha, no Catar — Foto: Arquivo pessoal

FUGA E ESTOQUE

De acordo com Audrey, ele ficou com medo de um contra-ataque do Catar e tentou antecipar o retorno ao Brasil, mas não conseguiu. “Fui para o aeroporto e estava fechado, já fecharam tudo. Tentei com a agência de turismo tentar algum voo para a Europa, mas as tarifas [estão] lá em cima [de caras] e não tem voo”, relembrou.

Enquanto aguarda algum transporte de volta ao país, o empresário e os amigos estocaram alimentos. “Fizemos o que tinha que fazer, comprar algumas coisas e torcer para que o Catar não entre nessa briga também. Que tudo isso possa se resolver da melhor possível”, finalizou.

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