Dia das Crianças: como prevenir a ingestão de objetos

“A criança precisa ser levada o mais rápido possível ao médico, para que o profissional possa identificar e definir qual o melhor tratamento e aplica-lo o quanto antes, evitando complicações”

Crianças sempre pedem atenção redobrada, já que sempre há a chance da ingestão e até aspiração de objetos como moedas, ossos de frango, peças de brinquedos e espinhas de peixes. Essas ocorrências concentram-se principalmente até os três anos de idade, quando é comum o hábito de levar objetos à boca. Os pais e os cuidadores são os principais responsáveis pela prevenção dessas situações.

Objetos como moedas, joias, agulhas e aparelhos que tenham pilhas ou baterias em forma de disco não podem estar ao alcance de crianças menores de três anos. Além disso, é fundamental atestar que seus brinquedos não contenham pedaços que possam ser destacados com mãos ou dentes. Também é necessária supervisão direta até os cinco anos enquanto alimentam-se ou brincam com sacos plásticos e balões de borracha.

Os tradicionais broches, prendedores de chupeta, medalhas e correntes podem representar perigo caso se soltem. Ainda, os pais ou responsáveis devem ensinar as crianças a não levarem os objetos à boca, e atentar-se para que elas não corram, riam ou chorem ao comerem. “Esses acidentes podem acontecer mesmo com todas as medidas preventivas. Por isso, os pais e cuidadores precisam conhecer as manobras para retirada de um corpo estranho e para ressuscitação. A criança precisa ser levada o mais rápido possível ao médico, para que o profissional possa identificar e definir qual o melhor tratamento e aplica-lo o quanto antes, evitando complicações”, alerta Silvia Regina Cardoso, médica endoscopista e presidente do Núcleo de Pediatria da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED).

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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