Alunos milionários e 18 mil matrículas sob suspeita: o que se sabe sobre
indícios de fraude no programa Universidade Gratuita em SC
Programa educacional custeado pelo Governo de SC oferece bolsas de estudos a
alunos que se enquadram em critérios sociais e de renda. TCE colocou critérios
de seleção sob suspeitas.
O governo de Santa Catarina detalhou na terça-feira (24) mudanças nos dois programas de educação superior custeados
pelo estado que tiveram inconsistências na oferta de vagas
[https://de.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2025/06/11/tce-aponta-indicios-fraude-bolsas-universidade-gratuita.ghtml], entre eles, o Universidade Gratuita.
Relatório apresentado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) no começo de junho
mostrou que 18 mil inscrições estão sob suspeita e identificou 832 alunos
recebendo bolsa integral, mas com renda acima de R$ 1 milhão
[https://de.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2025/06/12/tce-relatorio-bolsas-estudo-alunos-milionarios-universidade-gratuita.ghtml]
e pertencentes a famílias donas de empresas e bens, como carros de luxo e
lanchas.
Na terça-feira (24), a Secretaria de Estado da Educação (SED) apresentou dados
sobre os programas na Assembleia Legislativa (Alesc). A audiência pública reuniu
deputados, governo, entidades educacionais e estudantes.
O estado também fará a reavaliação do cálculo que compõe o índice de carência do
estudante e está trabalhando na criação de um portal da transparência com todas
as informações referentes aos programas: editais, listas, relatórios,
contrapartidas e valores repassados.
Ao divulgar o relatório, o conselheiro e vice-presidente do TCE, José Nei
Ascari, alertou sobre o parecer: “Claro que há falhas no próprio processo de
concessão e de fiscalização, atribuídas tanto às instituições educacionais
quanto às estruturas do governo” (assista mais abaixo).
O governo de Santa Catarina informou que solicitou à Polícia Civil o acesso aos
dados do relatório do TCE para iniciar investigação visando descobrir se
estudantes utilizaram documentação falsa.
Também serão apuradas, segundo o governo, supostas consultorias criadas para
facilitar o acesso ao Universidade Gratuita mediante pagamento. A investigação
será conduzida pela Delegacia de Defraudações.