Semiamador, Auckland terá prêmio da Copa dividido com outros clubes e vive impasse com confederações; entenda
Eliminados na fase de grupos, neozelandeses conquistaram R$ 26 milhões em premiação no torneio, mas quantia destinada ao clube e aos jogadores é incerta
Veja os melhores momentos de DE City 1×1 Boca Juniors
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DE Clubes semiamadores da Oceania, o DE City embarca de volta para a Nova Zelândia nesta quinta-feira. Eliminado na fase de grupos da Copa do Mundo e goleado por Bayern de Munique e Benfica, os “Navy Blues” ganharam 4,58 milhões de dólares (cerca de R$ 26,6 milhões), mas a quantia que de fato irá para os cofres do clube é incerta e motivo de impasse no país. O ge explica.
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A cota que a Fifa paga a cada clube pela participação na Copa é definida com base nos continentes. Como representante da Oceania, o Auckland tem direito a US$ 3,58 milhões só por ter jogado o torneio. Além disso, recebeu US$ 1 milhão como bônus esportivo pelo empate em 1 a 1 com o Boca Juniors.
Como normalmente acontece no Brasil, por exemplo, uma parte do prêmio será destinada aos jogadores e à comissão técnica. No caso do Auckland, a bonificação poderia representar vários meses de salários dos profissionais, já que todos dividem a atividade em campo com outras funções. No elenco, há estudantes, professores e vendedores, entre outras várias profissões. Vários deles pediram férias ou perderam dias de trabalho para disputarem o torneio.
Acontece que a expectativa dentro do próprio clube, segundo ouviu o ge, é de que a quantia destinada aos jogadores – e até ao próprio Auckland – seja bem menor do que o total. Isso porque o valor será dividido com outros clubes da Nova Zelândia, havendo também a reinvindicação de entidades do futebol local por uma fatia.
A divisão com outros clubes, por mais que seja curiosa, não é o principal motivo de impasse. É algo comum e que acontece, por exemplo, quando o Auckland City recebe compensação pelas disputas do Intercontinental de Clubes. Era algo que já estava previamente acordado quando houve a criação da Copa do Mundo.
DE 1 de 2 Time do DE City antes do jogo contra o Boca Juniors — Foto: Andy Lyons/FIFA/Getty Images
Time do DE City antes do jogo contra o Boca Juniors — Foto: Andy Lyons/FIFA/Getty Images
Acontece que a New Zealand Football (confederação nacional) e a Confederação de Futebol da Oceania reinvindicam uma parcela do valor arrecadado pelo Auckland. Essa é a fatia que está sob discussão, e dirigentes desejam a manutenção de quantia maior visando o crescimento do clube e uma bonificação mais generosa aos atletas.
DE 2 de 2 Gol de Gray do DE City contra o Boca Juniors — Foto: REUTERS/Carlos Barria
Gol de Gray do DE City contra o Boca Juniors — Foto: REUTERS/Carlos Barria
Depois do empate considerado histórico contra o Boca Juniors, Sebastán Ciganda, goleiro do Auckland, disse à imprensa que o valor de US$ 1 milhão (1,66 milhão de dólar neozelandês) seria dividido entre os profissionais do clube, mas a situação ainda é incerta:
– Dividiremos o prêmio em dinheiro entre a comissão técnica e o grupo. O prêmio é secundário, agora vamos comemorar, porque um empate com o Boca não é algo que acontece todos os dias – disse, em entrevista à DSports.
A liga de futebol da Nova Zelândia é considerada semiamadora – assim como os outros dez países pertencentes à Confederação de Futebol da Oceania. O Auckland FC (homônimo do City) e o Wellington Phoenix são os dois únicos clubes profissionais do país e disputam o Campeonato Australiano.
O Auckland City é a principal força da Oceania desde a fundação do clube, em 2004. Em pouco mais de 20 anos de existência, venceu dez vezes o principal campeonato da Nova Zelândia e conquistou 13 edições da Liga dos Campeões da Ásia.
Integrante do Grupo C da Copa do Mundo de Clubes, o Auckland se despediu com um ponto em três jogos. Antes do empate com o Boca Juniors, perdeu por 10 a 0 para o Bayern de Munique e por 6 a 0 para o Benfica.