Médica agredida em Juiz de Fora com traumatismo craniano: a importância da segurança nos locais de trabalho

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Foi muito chute na cabeça e no tórax’: médica agredida por paciente em Juiz de Fora teve traumatismo craniano

Carla Helena Honório Costa, 55 anos, foi jogada contra a parede e agredida também com uma pedra. Antes da fuga, paciente depredou unidade de saúde. Médica diz que já tinha feito abaixo-assinado pedindo mais segurança na unidade de saúde.

A médica Carla Helena Honório Costa, 55 anos, agredida por uma paciente dentro de um consultório da UBS do Bairro Furtado de Menezes, teve traumatismo craniano, um enfisema no tórax e ferimentos no rosto e no braço. Ela está internada no Hospital da Unimed e até a noite desta quinta-feira não tinha previsão de alta.

A médica foi agredida durante o atendimento. Segundo relatos, a paciente apresentava comportamento agressivo na recepção da unidade de saúde. Durante a consulta, a agressora questionou algumas orientações da médica e se irritou com a ausência de uma data na receita.

Carla começou a trabalhar na unidade de saúde há cerca de 10 dias e, ao tentar chamar outra médica para avaliar o prontuário, a paciente a jogou contra a parede e iniciou as agressões, desferindo chutes principalmente na cabeça e no tórax, além de diversos golpes com uma pedra. A violência só cessou quando a polícia foi acionada.

A pedra usada no ataque foi encontrada pela PM dentro do consultório médico, de acordo com o Boletim de Ocorrência. O caso foi encaminhado para a Polícia Civil, que iniciará a investigação da agressão. A Prefeitura de Juiz de Fora prestou apoio psicológico à médica e aos funcionários da UBS.

A médica Carla Honorário, já atendendo em outra unidade de saúde na Regional Leste, havia enviado um abaixo-assinado à Prefeitura solicitando mais segurança aos profissionais da rede pública municipal. O protesto dos médicos por mais segurança e melhores condições de trabalho foi marcado por uma paralisação temporária de atividades.

Cerca de 100 médicos da rede pública de saúde se reuniram em frente à Prefeitura para cobrar mais segurança nas unidades e melhores condições de trabalho. Um novo encontro foi marcado, onde foram acordadas ações de conscientização e combate à violência contra os profissionais de saúde.

A Prefeitura de Juiz de Fora reiterou sua posição contra os atos de agressão e depredação nas unidades de saúde da cidade, destacando a importância do diálogo com os profissionais da área. Medidas concretas foram adotadas, incluindo o oferecimento de atendimento psicológico e social à profissional agredida e à equipe, além de campanhas institucionais sobre a Atenção Primária e o combate à violência.

O Sindicato dos Médicos também se pronunciou, destacando a violência sofrida pela médica como inaceitável e evidenciando a necessidade de segurança nos locais de trabalho. A classe médica exige respeito e diálogo, buscando melhorias para garantir um ambiente de trabalho seguro e humanizado. A mobilização dos profissionais da saúde é vista como um passo importante para a correção de distorções e a garantia de um serviço de qualidade à população.

É essencial que situações de violência nas unidades de saúde não sejam normalizadas, e sim combatidas com medidas efetivas. O apoio e o diálogo entre profissionais e usuários do sistema de saúde são fundamentais para a construção de um ambiente respeitoso e seguro para todos os envolvidos. A busca por um SUS eficiente e humanizado passa pela valorização e proteção dos profissionais da saúde em seus locais de trabalho.

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