Autópsia revela detalhes da morte de Juliana Marins em queda no monte Rinjani, sem sinais de hipotermia

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Juliana Marins faleceu 20 minutos após sofrer um trauma contundente e, de acordo com o legista, não apresentava sinais de hipotermia. A autópsia foi realizada em Bali e os resultados foram divulgados na sexta-feira (27).

A brasileira Juliana Marins sofreu um trauma grave no tórax e hemorragia após a queda, que ocorreu no monte Rinjani. A autópsia indicou que ela faleceu devido a “fraturas múltiplas e lesões internas” e não apresentava indícios de hipotermia. O laudo da perícia foi divulgado por autoridades da Indonésia.

Em uma coletiva de imprensa no Hospital Bali Mandara, em Denpasar, Bali, o médico-legista Ida Bagus Putu Alit detalhou o exame realizado no corpo de Juliana Marins. Ele explicou que a extensão dos ferimentos, tais como fraturas múltiplas e lesões internas por todo o corpo, resultou na morte quase imediata da brasileira.

Alit também mencionou que não foram encontrados sinais de hipotermia, já que não havia lesões típicas associadas à condição. O horário exato da morte de Juliana não pôde ser determinado no exame inicial realizado em seu corpo.

Juliana Marins caiu no sábado (21) em um barranco de cerca de 200 metros de profundidade no monte Rinjani e seu corpo foi resgatado na quarta-feira (25). Após a recuperação do corpo, familiares da vítima manifestaram intenção de buscar justiça, alegando negligência por parte da equipe de resgate, que não conseguiu salvá-la dentro do prazo estimado.

Diversos acidentes semelhantes já ocorreram no monte Rinjani, levantando preocupações sobre a segurança dos alpinistas na região. Medidas de segurança, como instalação de cordas e escadas em locais vulneráveis, foram implementadas, porém a escalada ainda representa riscos.

Com um terreno extremo e condições climáticas imprevisíveis, a escalada no monte Rinjani exige alta concentração e preparo físico dos alpinistas. Autoridades locais afirmam que estão realizando avaliações completas para melhorar a segurança dos escaladores na região.

Apesar dos desafios e das condições adversas, escaladores experientes consideram possível realizar a escalada de forma segura, desde que os alpinistas estejam devidamente preparados e sigam as orientações estabelecidas. A rota até o pico do monte Rinjani é descrita como difícil, exigindo resistência física e atenção constante. O acompanhamento de guias locais e a observância das normas de segurança são essenciais para uma escalada bem-sucedida.

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