Vereador Zé Carlos renuncia após confessar ao Ministério Público que pediu propina na Câmara de Campinas
Com a renúncia nesta segunda-feira, a Câmara de Campinas arquivou o processo que poderia levar à cassação do mandato. Zé Carlos, do PSB, pediu renúncia ao cargo da Câmara de Campinas após admitir ao Ministério Público ter solicitado propina para renovar o contrato de uma empresa quando era presidente da Casa.
O pedido de renúncia foi apresentado na abertura da sessão, o que resultou na retirada da pauta do pedido de abertura de comissão processante que seria votado. Com a renúncia de Zé Carlos, a Câmara de Campinas iniciará os procedimentos para convocar Ailton da Farmácia, o primeiro suplente do partido, que recebeu 4.372 votos nas últimas eleições municipais.
O parlamentar fez um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) em que confessou o pedido de propina, detalhando que o dinheiro, que não chegou a ser pago, seria para benefício próprio. A investigação do Ministério Público, que veio à tona em 2022, incluiu uma operação na residência do parlamentar, áudios que embasaram a denúncia sobre o pedido de propina, que foi posteriormente admitido por Zé Carlos. Houve também um pedido de Comissão Processante no Legislativo, que foi arquivado.
Com a renúncia de Zé Carlos, o processo de formação de uma Comissão Processante para eventual cassação de mandato eletivo fica prejudicado, de acordo com a nota divulgada pela Câmara Municipal de Campinas. O primeiro suplente do partido será convocado para ocupar a vaga deixada pelo vereador.
Entenda acordo que evitou a condenação do vereador, mas exigiu a confissão do pedido de propina. A situação envolvendo Zé Carlos gerou repercussão na cidade e motivou a investigação por parte do Ministério Público. A renúncia do parlamentar encerrou um capítulo conturbado na política local.
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