Brigadeirão envenenado: desdobramentos do caso que chocou o Rio em 2024

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O brigadeirão envenenado que resultou na morte do empresário Luiz Marcelo Ormond em maio de 2024 está gerando desdobramentos no Rio de Janeiro. Durante uma audiência realizada recentemente, o ex-namorado de Júlia Andrade Cathermol Pimenta, acusada de preparar o doce letal, revelou que só soube do envolvimento entre ela e a vítima através da imprensa após a morte de Luiz Marcelo. Jean Cavalcante de Azevedo foi uma das testemunhas ouvidas neste novo estágio do processo judicial.

Júlia é acusada de homicídio e teria agido em cumplicidade com uma cigana chamada Suyany Breschak, considerada mentora do assassinato. Ambas estão presas desde o ano passado e são apontadas como as responsáveis por planejar e executar o crime que chocou a sociedade carioca. O envenenamento de Luiz Marcelo aconteceu em seu apartamento no bairro do Engenho Novo, Zona Norte do Rio, e as investigações apontam para motivos financeiros como a causa do crime.

Durante a audiência, amigos e familiares tanto da vítima quanto das rés prestaram depoimento. Marcos Antônio de Souza Moura, amigo de infância de Luiz Marcelo, relatou situações financeiras suspeitas envolvendo o empresário e Júlia. Ele mencionou ter estranhado um pedido de adiantamento de uma parcela de R$3 mil feito por mensagem de texto, algo incomum no comportamento de Luiz. Além disso, falou sobre uma dívida de R$2 mil que Luiz teria pago para Júlia, gerando desconforto na relação entre os dois.

Luciana Graça Vieira Rocha, amiga da vítima, também prestou depoimento e falou sobre a mudança repentina de Júlia para a casa de Luiz Marcelo, destacando a pressão da acusada por uma união estável. Segundo Luciana, Luiz chegou a expulsar Júlia ao descobrir suas dívidas, mas depois acabou perdoando e quitando o valor devido. O caso tem sido acompanhado de perto pela imprensa e pela população, aguardando desfechos na Justiça.

A polícia sustenta a tese de que Júlia teria envenenado Luiz Marcelo com o brigadeirão, que teria sido preparado com mais de 60 comprimidos de um analgésico à base de morfina, conforme depoimento de Suyany. A suspeita de motivação econômica para o crime tem sido reforçada pelas autoridades que conduzem o caso, indicando que o plano inicial de Júlia seria eliminar a vítima após a formalização de uma união estável que acabou não acontecendo.

O assassinato de Luiz Marcelo Ormond gerou grande comoção no Rio de Janeiro e continua a ser acompanhado de perto pela mídia e pela sociedade. O desdobramento das investigações e dos depoimentos colhidos durante as audiências realizadas reforçam a complexidade e a gravidade do caso. Enquanto o processo segue em tramitação na Justiça, a busca por justiça e por respostas sobre os motivos que levaram a esse crime brutal permanece intensa.

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