Durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, a brasileira Juliana Marins acabou falecendo em circunstâncias ainda não plenamente esclarecidas. Em meio a dúvidas sobre o momento exato da morte e a possibilidade de omissão de socorro, a Advocacia-Geral da União (AGU) decidiu atender voluntariamente ao pedido da Defensoria Pública da União (DPU) para a realização de uma nova autópsia no corpo de Juliana. A primeira autópsia, realizada em um hospital em Bali, concluiu que a morte ocorreu logo após a queda de Juliana no dia 21 de junho, em decorrência de um grave traumatismo.
O corpo de Juliana está previsto para chegar ao Brasil nesta terça-feira (1º) e, de acordo com a DPU, a nova autópsia deve ser realizada em até seis horas após o desembarque, visando preservar possíveis evidências essenciais para esclarecer os fatos. Imagens de drones captadas por turistas trouxeram à tona dúvidas sobre a versão inicial da causa da morte e sugerem que Juliana poderia ter sobrevivido por mais tempo, se tivesse recebido o devido socorro. A falta de esclarecimentos precisos na certidão de óbito levou a DPU a solicitar o novo exame pericial.
A AGU, por meio do procurador Glaucio de Lima e Castro, enfatizou a importância de agir com celeridade e humanidade diante dessa situação complexa. O governo federal demonstrou acompanhar o caso desde o início com atenção e solidariedade, buscando colaborar para que as providências solicitadas pela DPU fossem efetivamente cumpridas. Em meio aos questionamentos sobre a possível omissão de socorro por parte das autoridades indonésias, a colaboração entre os entes federativos é fundamental para esclarecer os fatos e definir responsabilidades.
Ainda há incertezas sobre a atuação das autoridades indonésias no resgate de Juliana após o acidente no vulcão Rinjani. O fato de o corpo ter sido retirado do local apenas três dias depois da queda levanta questionamentos sobre a efetividade do socorro prestado. A nova autópsia a ser realizada no Brasil tem o desafio de determinar se Juliana faleceu imediatamente após a queda ou se houve um período de resistência sem atendimento adequado. Nesse contexto, a busca por respostas solidifica a importância de garantir justiça para o caso de Juliana Marins e de zelar pela segurança e integridade dos cidadãos em situações semelhantes.