Nova autópsia no corpo de Juliana Marins será feita no IML do Rio na manhã de
quarta-feira
Vão participar um policial federal, um civil e um assistente técnico, e um
representante da família estará presente. O primeiro exame, feito na Indonésia,
onde a brasileira morreu ao cair em trilha de vulcão, apontou morte devido a
traumas de uma queda, mas não especificou a data do óbito.
Carro de funenrária preparado para levar o corpo de Juliana Marins na
Base Aérea do Galeão — Foto: Thaís Espírito Santo/g1
O corpo da jovem Juliana Marins, que morreu depois de cair na trilha do vulcão
Rinjani, na Indonésia
[https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/07/01/corpo-de-juliana-marins-deve-chegar-a-sao-paulo-nesta-terca-diz-companhia-aerea.ghtml],
chegará ao Rio no início da noite desta desta terça-feira (1º).
Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) faz o translado entre o Aeroporto
Internacional de Guarulhos (SP), onde o corpo chegou em um voo da Emirates vindo
de Dubai por volta das 17h
[https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/07/01/corpo-de-juliana-marins-chega-a-sao-paulo.ghtml],
e a Base Aérea do Galeão (BAGL), na Ilha do Governador, na Zona Norte carioca.
De lá, seguirá direto em um carro funerário para o Instituto Médico Legal (IML)
Afrânio Peixoto, no Centro.
Uma segunda autópsia será feita pelas autoridades na manhã de quarta-feira (2),
com três peritos presentes, segundo apurou o DE: um policial civil , um policial
federal e um assistente técnico. Um representante da família também estará
presente.
PEDIDO DA FAMÍLIA POR NOVA AUTÓPSIA
Família aguarda resposta de companhia aérea sobre translado do corpo
A família de Juliana foi à Justiça a fim de realizar a nova autópsia no corpo da
jovem, em pedido que foi aceito pela Justiça Federal.
O motivo, segundo a defensora Taísa Bittencourt Leal Queiroz, responsável pelo
pedido, é a “ausência de esclarecimento sobre a causa e o momento exato em que a
vítima morreu”. No despacho, ela pediu que a perícia fosse feita no máximo 6
horas depois da chegada do corpo de Juliana ao Rio de Janeiro.
Também nesta segunda-feira, a Defensoria Pública da União enviou um ofício
pedindo que a Polícia Federal instaure um inquérito para investigar o caso.
Nova autópsia no corpo de Juliana Marins pode levar caso a cortes
internacionais, afirma Defensoria
A 1ª AUTÓPSIA, EM BALI
A 1ª autópsia foi realizada na quinta-feira (26) em um hospital de Bali,
[https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/06/27/juliana-marins-legista.ghtml],
logo depois que o corpo foi retirado do Parque Nacional do Monte Rinjani.
De acordo com o exame, a brasileira morreu por causa de múltiplas fraturas e
lesões internas, não sofreu hipotermia e sobreviveu por 20 minutos após um
trauma.
As informações foram passadas na sexta (27) pelo médico-legista Ida Bagus Putu
Alit, em uma entrevista coletiva no saguão do Hospital Bali Mandara.
“Os indícios mostram que a morte foi quase imediata. Por quê? Devido à extensão
dos ferimentos, fraturas múltiplas, lesões internas — praticamente em todo o
corpo, incluindo órgãos internos do tórax. [Ela sobreviveu por] menos de 20
minutos”, disse o médico.
A divulgação do exame foi criticada pela família de Juliana.
Mariana Marins disse que a família foi chamada ao hospital, mas a coletiva de
imprensa aconteceu antes.
“Caos e absurdo. Minha família foi chamada no hospital para receber o laudo,
mas, antes que eles tivessem acesso a esse laudo, o médico achou de bom tom dar
uma coletiva de imprensa para falar para todo mundo que estava dando o laudo
antes de falar para minha família. É absurdo atrás de absurdo e não acaba mais”,
afirmou Mariana.