Minas Gerais tem 31 barragens em situação de risco; a maioria delas é de mineração
Segundo levantamento realizado pela Agência Nacional de Águas, Minas Gerais registrou mais de 2 mil barragens no ano de 2024. O estado se destaca como líder no aumento do número de estruturas cadastradas em todo o país, o que representa um aumento significativo no setor.
Um dado preocupante revelado pelo levantamento é que Minas está entre os estados com mais estruturas em situação de risco. Isso nos chama atenção para a importância de um monitoramento rigoroso e eficiente das barragens localizadas na região.
O relatório divulgado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico aponta que Minas Gerais contribuiu de forma expressiva para o aumento no número de barragens cadastradas no Brasil em 2024. Com a inclusão de 527 novas estruturas no sistema, houve um crescimento de 8% em relação ao ano anterior, evidenciando a relevância do estado nesse cenário.
Essas barragens desempenham diversas funções, desde o abastecimento de água e geração de energia hidrelétrica até o controle de enchentes e disposição de rejeitos da mineração. Porém, é essencial ressaltar que, mesmo com a classificação de dano potencial associado baixo para a maioria das estruturas, ainda existem barragens com risco médio e alto, o que requer atenção especial.
O dano potencial das barragens é um indicador crucial que avalia os possíveis impactos que uma falha na estrutura poderia causar às pessoas, ao meio ambiente e à economia local. Portanto, é fundamental que haja um acompanhamento rigoroso por parte dos órgãos fiscalizadores para garantir a segurança dessas estruturas.
A fiscalização de aproximadamente 70% das barragens em Minas Gerais é realizada por órgãos estaduais, como o Instituto Mineiro de Gestão das Águas e a Fundação Estadual do Meio Ambiente, vinculados à Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. O foco da fiscalização está nas estruturas com dano potencial alto e criticidade elevada, visando assegurar o cumprimento das obrigações e aprimorar a segurança.
O relatório indicou que 31 barragens no estado são consideradas prioritárias para a gestão de segurança, sendo a maioria delas relacionadas à mineração. E duas dessas estruturas estão classificadas como nível de emergência 3, o mais alto da escala de risco, o que requer atenção imediata por parte dos responsáveis.
É necessário ressaltar que os empreendedores responsáveis por essas barragens ainda precisam atender a todos os requisitos legais de segurança para evitar possíveis acidentes que possam impactar a população e os serviços essenciais na região. Portanto, investimentos adicionais são essenciais para garantir a eficácia das atividades de monitoramento.
O relatório produzido pela ANA é encaminhado aos órgãos competentes e ao Congresso Nacional, reforçando a importância de fortalecer as instituições fiscalizadoras e adequar as equipes às demandas do setor. A segurança das barragens em Minas Gerais é uma questão que demanda atenção constante e investimentos contínuos para garantir a proteção das comunidades e do meio ambiente.