Principais desafios enfrentados pelo país: economia, violência e corrupção, segundo pesquisa.

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Os deputados federais consideram que a economia, a violência e a corrupção são os principais desafios enfrentados pelo país, segundo revelou pesquisa Quaest divulgada recentemente. Para os parlamentares, a economia brasileira se mantém como a principal preocupação, com 31% dos entrevistados mencionando a questão. A violência também ganhou destaque no levantamento, passando de 7 para 23% de menções, tornando-se o segundo tema mais citado pelos deputados. A corrupção ficou com 16% das citações, seguida por outros problemas diversos, questões sociais, saúde e educação, respectivamente.

Encomendado pela Genial Investimentos, o levantamento foi realizado entre os dias 7 de maio e 30 de junho de 2025, ouvindo 203 deputados, o que representa 40% da composição da Câmara dos Deputados. As entrevistas foram distribuídas de acordo com as regiões geográficas e a orientação ideológica dos partidos, conforme o projeto Brazilian Legislative Surveys.

No que diz respeito à avaliação do governo, a pesquisa revelou que 46% dos deputados federais consideram negativa a gestão do presidente Lula, a pior avaliação desde o início de seu mandato. Por outro lado, 27% dos parlamentares avaliam o governo de forma positiva, o menor índice registrado até então. A margem de erro da pesquisa é de 4,5 pontos para mais ou para menos. Cerca de 24% dos deputados consideraram o desempenho do governo como “regular”, enquanto 3% não souberam ou preferiram não responder.

A análise dos dados ao longo do tempo revela um crescimento de 13 pontos percentuais na avaliação negativa do governo Lula desde agosto de 2023, enquanto a avaliação positiva oscilou 8 pontos percentuais para baixo no mesmo período. Já a avaliação regular teve uma queda gradual, passando de 30% em anos anteriores para 24% na pesquisa mais recente.

Em relação à divisão ideológica, observa-se que a alta na avaliação negativa do governo ocorreu principalmente entre os deputados independentes, que apresentaram um aumento de 24 pontos percentuais em dois anos. Entre os deputados governistas e de oposição, houve pouca variação nas avaliações.

Quando classificados de acordo com a orientação ideológica e regional dos deputados, a pesquisa aponta diferenças significativas nas avaliações. 84% dos deputados de esquerda avaliam o governo positivamente, enquanto 86% dos de direita o avaliam negativamente. A relação do governo Lula com o Congresso é considerada negativa por 51% dos deputados, regular por 30% e positiva por 18%.

Sobre as perspectivas para as eleições de 2026, a maioria dos parlamentares acredita que o presidente Lula será candidato à reeleição, porém, 50% veem um candidato da oposição como favorito para vencer. Apesar disso, 35% consideram Lula ou algum candidato do governo como favorito. Quanto ao principal candidato da oposição, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é o nome mais citado, seguido por Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, Ratinho Júnior, Ronaldo Caiado e Flávio Bolsonaro. A pesquisa também revelou que 23% dos deputados acreditam que Bolsonaro deve manter sua candidatura à presidência, enquanto 51% acreditam que ele deveria desistir e apoiar outro nome.

Outro tema relevante abordado na pesquisa foi a avaliação dos deputados sobre algumas pautas em debate no Congresso. A proposta de fim da escala 6×1 teve uma rejeição significativa, com 70% dos deputados se mostrando contrários. Por outro lado, temas como a elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda, a exploração do petróleo da Amazônia e o aumento das penas para roubos foram bem recebidos pela maioria dos parlamentares.

Por fim, a pesquisa revelou que metade dos deputados considera que o Supremo Tribunal Federal (STF) invade frequentemente as competências do Congresso, sendo esta uma visão compartilhada por 49% dos entrevistados. Quanto à avaliação do STF, 48% dos deputados a consideram negativa, 27% positiva, 18% regular e 7% não souberam ou não responderam. Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, possui avaliação positiva de 68% dos parlamentares, com maiores índices de apoio entre os governistas e os deputados independentes.

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