Criminosos que assassinaram o skatista Marco Felipe Mendes de Sousa, conhecido como ‘Felipe Maracajá’, exigiram a senha do celular da vítima e acabaram tornando-se símbolos de uma facção criminosa no WhatsApp, como mostra um vídeo divulgado. O jovem de apenas 15 anos foi abordado e interrogado antes de ser assassinado no Bairro Vicente Pinzón, em Fortaleza. Um dos suspeitos do crime já foi preso pelas autoridades.

Durante o interrogatório capturado no vídeo, os criminosos mostram o rosto de Marco Felipe e o chamam pejorativamente de “playboy”, pedindo em seguida a senha de seu celular. Ao acessar o aparelho, um dos suspeitos revela as conversas e símbolos ligados a facções rivais encontrados no dispositivo. Essas supostas referências foram suficientes para justificar o trágico desfecho que teve a vida do jovem skatista.

O pai de Marco Felipe, Marcos Henrique, afirmou que o filho não possuía envolvimento com criminosos, era estudante e participava ativamente de campeonatos de skate, inclusive competindo fora do estado. A Federação Piauiense de Skateboard lamentou profundamente a morte do jovem, que chegou a subir ao pódio na seletiva Nordestina CBSk 2022, em Teresina.

Uma ação da Polícia Militar do Ceará resultou na prisão de um homem de 25 anos suspeito de envolvimento no assassinato do adolescente. O indivíduo já possuía antecedentes criminais por roubo e corrupção de menor, sendo autuado em flagrante por homicídio e encaminhado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa. As autoridades continuam as investigações para capturar os demais participantes do crime.

É lamentável ver a juventude sendo vitimada por um cenário de violência e confronto entre facções criminosas. Os skatistas são figuras que deveriam estar focadas em suas paixões e talentos, não em questões de segurança e violência. A comunidade esportiva se une em luto e indignação diante de mais uma perda precoce e evitável. O skate deve ser uma fonte de transformação positiva, não de ameaça e perigo.