Grupo Fé e Política pede investigação sobre corrupção na saúde de Sorocaba: Visita a vereadores e detalhes exclusivos da operação Copia e Cola.

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Grupo ligado à Igreja católica visita vereadores e pede investigação sobre denúncias de corrupção na saúde de Sorocaba

Membros citam casos que são investigadas pela Polícia Federal, na operação Copia e Cola, com detalhes mostrados com exclusividade pela TV TEM e pelo DE.

Três em cada quatro vereadores que tentavam se elegeram se manterão na Câmara de Sorocaba (SP) pelos próximos quatro anos. — Foto: Marcel Scinocca/DE

O grupo Fé e Política, ligado à Igreja Católica e à Arquidiocese de Sorocaba (SP), visitou os vereadores da câmara, na segunda-feira (30), pedindo investigação sobre as denúncias de corrupção na saúde da cidade, que são investigadas pela Polícia Federal na operação Copia e Cola, com detalhes mostrados com exclusividade pela TV TEM e pelo DE.

Os representantes do grupo entregaram em mãos uma carta onde expressamos a posição favorável à abertura de uma CPI para investigar, via legislativo, os possíveis atos de corrupção, fruto da operação da Polícia Federal.

“Entendemos que a apuração transparente dos fatos é um dever das instituições democráticas e um direito da população, sobretudo das camadas mais vulneráveis, que são as principais prejudicadas pela má gestão e corrupção nos serviços públicos essenciais, como a saúde”, diz o grupo.

Eles ainda se dizem inspirados em um chamado de Compêndio da Doutrina Social da Igreja e citam trecho do material.

“A política, entendida como forma elevada de caridade, deve estar a serviço do bem comum e da dignidade da pessoa humana. A corrupção, por sua vez, mina os alicerces da justiça e da solidariedade, ferindo gravemente a ética e o compromisso com a vida plena para todos.”

“Que nossos representantes eleitos se comprometam com a verdade, a justiça e a responsabilidade que seus cargos exigem”, lembram.

Na carta entre aos vereadores, o grupo lembra que a Câmara Municipal é um poder fiscalizador, e que está preocupado pelo dato de a instituição não estar exercendo a sua função. “Os maiores prejudicados são os pobres, principalmente aqueles que mais precisam do atendimento da Saúde na Cidade.”

O mesmo grupo já havia se manifestado na semana passada contra os parlamentarem que votaram a favor do veto do prefeito Rodrigo Manga (Republicanos), em um projeto de lei que dava mais transparência nas filas da saúde em Sorocaba.

Na nota de repúdio, eles afirmam que a medida negou à população o direito de saber sua posição na fila do SUS, impedindo a fiscalização social, favorecendo a opacidade nos processos de regulação e fragilizando os princípios constitucionais da equidade, universalidade e transparência que norteiam o sistema.

“Esta postura revela uma triste desconexão entre os representantes do poder público e os clamores do povo, especialmente das camadas mais empobrecidas, que enfrentam longas esperas e incertezas para acessar consultas, exames e cirurgias. A transparência não é privilégio; é um direito fundamental em qualquer sociedade democrática e ética.”

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