Centro de Convivência Cultural de Campinas: debates sobre cercamento e modernização

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Recentemente, o Centro de Convivência Cultural de Campinas, fechado há 14 anos, tem sido alvo de debates e discussões devido à aprovação da Prefeitura para o cercamento do espaço. Com a instalação de gradis de aço transparentes de 2 metros de altura, a administração municipal alega que isso é necessário para garantir a preservação e o pleno funcionamento do local, que passou por uma reforma de R$ 64 milhões e está previsto para reabrir em julho.

A decisão provocou reações na Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea-SP), que se manifestou contrariamente, descrevendo a medida como um retrocesso urbanístico e um atentado ao direito à cidade. Para a Asbea-SP, o cercamento do Centro de Convivência vai contra sua concepção original como um espaço aberto, democrático e acessível, comprometendo sua função como equipamento público integrador.

A prefeitura de Campinas, no entanto, justifica o cercamento como uma medida técnica de preservação da estrutura do teatro, visando proteger as áreas requalificadas que sofreram atos de vandalismo ao longo dos anos. Ainda assim, a Asbea-SP defende que medidas como o cercamento afastam a população e eximem o poder público de estimular o uso e a ocupação ativa do espaço.

Por outro lado, a Secretaria de Cultura e Turismo assegura que o cercamento não impedirá o uso público do espaço, mantendo a Praça Imprensa Fluminense aberta e livre para a população. Além disso, a Feira Hippie que ocorre no local não será afetada. A prefeitura destaca que o cercamento se refere apenas a pontos sensíveis da estrutura do teatro de arena, garantindo segurança após o investimento na requalificação.

Com a reforma em fase final, o Centro de Convivência Cultural de Campinas contará com tecnologias avançadas, como comunicação entre camarins, palco e mesa de controle, cabine de audiodescrição e maquinaria cênica totalmente motorizada. O objetivo é oferecer uma experiência de ponta tanto para o público quanto para os artistas que utilizarão o espaço.

Embora o cronograma da reforma tenha sofrido atrasos, a prefeitura se compromete a testar os equipamentos instalados no local e iniciar a colocação de mobiliário em julho para a reabertura ao público. Com um investimento total de R$ 60 milhões, o novo Centro de Convivência Cultural de Campinas promete ser um espaço de referência nacional, oferecendo infraestrutura de alta qualidade para atividades culturais e artísticas na região.

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