O jornalista Gil Gomes morreu na madrugada desta terça-feira (16), aos 78 anos. Famoso na cobertura de casos de polícia para programas como o “Aqui agora”, do SBT, Gil passou mal na madrugada desta segunda-feira (15), em São Paulo, e morreu em decorrência de um câncer. É o que afirma a assessoria de imprensa do Hospital.
Cândido Gil Gomes Jr. começou a carreira como locutor esportivo em rádio, mas alcançou a fama ao levar a voz grave e a narrativa de suspense para programas policiais. A atuação na área começou depois de um incidente. Ao saber de uma agressão sexual no prédio em que trabalhava, pegou equipamento e microfone e fez a cobertura da ocorrência ao vivo. Daí em diante tomou gosto pelo jornalismo policial.
O radialista participou até dos tempos da ditadura militar. Nos casos, ele criticava tanto a policia quanto dava visibilidade às suas ações. Ele chegou a ser preso, mas sempre era solto por conta de suas relações.
Gil Gomes ganhou tanta fama que virou uma celebridade. Participava de programas de auditório, era convidado a fazer filmes interpretando a si mesmo. O cinema da Boca do Lixo, onde eram produzidas as pornochanchadas em São Paulo, praticamente o adotou. Também fazia trabalhos assistenciais.
Nos anos 1990, fez a conversão para a TV. Integrou a equipe do “Aqui agora”, do SBT, que chamou a atenção pelos seus gestos, voz e seu visual. Depois colecionou passagens pela TV Gazeta, Record e Rede TV.