“Estratégia Taxação BBB: Origem, Desafios e Impactos no Governo”

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A estratégia de ataque “pobres x ricos” teve origem em uma ação coordenada por líderes do PT e posteriormente incorporada pelo Palácio do Planalto.

A iniciativa foi articulada por Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula e um aliado próximo do ex-presidente Lula; Jilmar Tatto, secretário de comunicação do PT; e Otávio Antunes, publicitário ligado a campanhas eleitorais do partido e com laços estreitos com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A mobilização digital para promover a ideia de que os mais ricos devem pagar mais impostos e afrontar o Congresso Nacional, teve início em um momento de fragilidade do governo de Lula diante das pressões do Legislativo. A estratégia não foi coordenada diretamente pelo Palácio do Planalto, mas sim impulsionada pela militância petista e influenciadores de esquerda.

A campanha “Taxação BBB – Bancos, Bets e Bilionários” surgiu como resposta aos dados de pesquisas encomendadas pelo PT, que mostraram que a população associa bancos, ricos e empresas de apostas como obstáculos para a ascensão social e o progresso das famílias.

A repercussão da campanha nas redes sociais acendeu um alerta no governo, levando a articulações da ministra da Articulação Política, Gleisi Hoffmann, com o presidente da Câmara, Hugo Motta, em meio a vídeos provocativos e ataques apócrifos.

Lula negou a existência de uma ‘guerra’ entre governo e Congresso e destacou a importância da negociação para resolver os impasses. O governo busca manter o foco na justiça tributária sem transformar o debate em um confronto institucional.

Apesar dos esforços para controlar a militância e calibrar o discurso, o governo enfrenta desafios em equilibrar a defesa da política tributária com a relação com o Congresso. A estratégia tem polarizado opiniões e despertado receios sobre um possível rompimento com o Legislativo.

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