‘Quando a gente investe em educação se fecha presídios’, diz Julio Pina

“A gente vai trabalhar firme também na área da educação, em defesa das escolas de tempo integral, eu acredito que somente a educação tem o poder de transformar esse país”

O ex-secretário de saúde de Senador Canedo e deputado estadual eleito Julio Pina (PRTB), concedeu entrevista ao jornal Diário do Estado. Pina ressaltou a importância da educação e saúde, as quais serão suas principais bandeiras na Assembleia Legislativa de Goiás.

O deputado pretende auxiliar na busca de investimentos para os municípios goianos. Na saúde construir um hospital regional e na educação ampliar os colégios militares, além da valorização do servidor em todos os níveis. “A gente vai trabalhar firme também na área da educação, em defesa das escolas de tempo integral, eu acredito que somente a educação tem o poder de transformar esse país”, afirma.

“A saúde precisa ser descentralizada buscando também os municípios goianos. É preciso disseminar o atendimento, e isso pode ser feito pelos mutirões, e nosso objetivo é chegar até os demais municípios”, explica. Já na segurança, Pina afirma que é preciso investir na sociedade, ou seja, com a educação. “Quando a gente investe em educação se fecha presídios. Eu entendo que isso é um resultado a longo prazo, mas esse é o caminho”, ressalta.

Sobre a vitória do senador Ronaldo Caiado (DEM) para o governo de Goiás, o deputado está otimista e espera que ele faça um bom governo. “Tenho certeza que as coisas vão se encaixar e que vamos estar juntos para trabalhar em beneficio dos goianos”, conclui.

 

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp