Motociclistas e pedestres são responsáveis por 86% das mortes no trânsito do Recife, de acordo com informações da CTTU. A mortalidade nas vias da cidade atingiu um recorde em 2024, com um total de 159 vítimas fatais, o maior desde 2017. O índice de letalidade entre motociclistas no trânsito recifense é o mais alto já registrado na série histórica.
Um relatório preliminar divulgado pela CTTU aponta que pedestres e motociclistas são os grupos mais vulneráveis a acidentes fatais na capital pernambucana. Em 2024, juntos, representaram 86% das vítimas fatais em ocorrências de trânsito. Esses dados alertam para a gravidade da situação e a necessidade de ações efetivas para proteger esses grupos.
Os dados revelados também indicam que a letalidade em acidentes envolvendo motociclistas vem aumentando significativamente. Em 2024, o número de óbitos atingiu um patamar preocupante. Flávio Cunto, professor de engenharia de transporte, destaca que mudanças sociais recentes contribuíram para esse cenário e apontam para uma tendência de crescimento.
O crescimento da frota de motocicletas e o aumento do uso desses veículos para serviços de entrega e transporte via aplicativo são fatores que têm impactado a segurança no trânsito. O professor Cunto ressalta a importância de políticas públicas que abordem essa realidade, alinhando aspectos como regulamentação, educação, fiscalização e infraestrutura.
Os acidentes envolvendo motociclistas demandam estudos aprofundados para identificar as causas subjacentes a essas tragédias. Fábio Magnani, pesquisador de Engenharia da Motocicleta, destaca a escassez de estudos dedicados a compreender essas ocorrências e defende a necessidade de uma abordagem holística para a questão.
Diante desse cenário desafiador, a implementação de medidas que visem à prevenção de acidentes se mostra fundamental. A educação no trânsito, aliada à fiscalização rigorosa, à melhoria da infraestrutura viária e à regulamentação efetiva de serviços de transporte por aplicativo, são passos essenciais para reverter a atual tendência de aumento de óbitos no trânsito recifense.