Quem é Giovana Madalosso, escritora eleita para a Academia Paranaense de Letras
Escritora ocupará a cadeira de número 24, antes ocupada por Chloris Casagrande Justen, que morreu em 2024 aos 101 anos.
Giovana Madalosso é eleita para a Academia Paranaense de Letras
Giovana Madalosso é eleita para a Academia Paranaense de Letras
A escritora curitibana Giovana Madalosso foi eleita para ocupar uma das 40 cadeiras da Academia Paranaense de Letras (APL).
A escritora ocupará a cadeira de número 24, que antes era de Chloris Casagrande Justen – primeira mulher a presidir a Academia Paranaense de Letras, que morreu em 2024 aos 101 anos.
> “Estou muito honrada, muito feliz e animada com a perspectiva de fazer um trabalho bacana”, comemora Giovana.
DE SANTA FELICIDADE PARA O MUNDO
Giovana Madalosso — Foto: Divulgação
Nascida em 1975, Giovana é filha mais velha de Neuza e Carlos, donos do restaurante de rodízio italiano “Madalosso”, em Santa Felicidade.
De acordo com ela, o sonho de ser escritora a acompanha desde os 8 anos de idade. A primeira publicação, porém, veio só aos 41, com a obra “A Teta Racional”, contos que abordam temas como maternidade, estereótipos e desafios da vida adulta.
Em seguida, veio “Tudo pode ser roubado” e “Suíte Tóquio”, que consolidaram, de vez, a linguagem fluida, o humor ácido e a conciliação entre o sensível e o cruel, o feio e o bonito, o triste e o engraçado.
Traduzido para outros idiomas, “Suíte Tóquio” levou o nome da escritora curitibana para outros países, recebeu a atenção da crítica especializada e foi indicado em uma review do New York Times. Com ele, Madalosso foi finalista do Prêmio Jabuti, em 2021, na categoria “Romance Literário”.
Em 2024, a escritora se aventurou também pela literatura infantil e publicou “Altos e Baixos”, o primeiro livro voltado para as crianças da carreira.
Em junho, Giovana publicou o livro “Batida Só”.
UM GRANDE DIA PARA AS ESCRITORAS
Um Grande Dia para as Escritoras — Foto: Mariana Vieira Elek
Em 2022, durante a Feira do Livro de São Paulo, Giovana Madalosso organizou, ao lado de outras entusiastas, um registro fotográfico que reuniu mais de duas mil mulheres escritoras, como forma de celebrar a presença feminina na literatura.
A ação foi inspirada na foto “Um grande dia no Harlem”, tirada por Art Kane em 1958, na qual o fotógrafo reuniu grandes jazzistas da época.
A ação repercutiu e gerou outros movimentos semelhantes, como “Um grande dia na Rocinha”, no Rio de Janeiro, e “Um grande dia em Curitiba”, na cidade natal de Giovana Madalosso.
QUEM SÃO OS OUTROS INTEGRANTES DA ACADEMIA PARANAENSE DE LETRAS?
Fundada em 26 de setembro de 1936, a Academia Paranaense de Letras é dedicada ao reconhecimento, estudo e divulgação da língua portuguesa e da literatura brasileira, com foco especial na produção literária do Paraná.
Quando uma cadeira da APL fica vaga, a instituição publica um edital e os escritores interessados podem se inscrever. Com isso, os membros votam em nomes para a ocuparem de maneira vitalícia.
Segundo a APL, as especialidades dos acadêmicos e acadêmicas passam por várias categorias, como as de romancistas, poetas, contistas, cronistas, historiadores, críticos, economistas, filólogos, filósofos, antropólogos, educadores, compositores, juristas, cientistas e trovadores.
Vários autores, hoje já falecidos, não demonstraram interesse em participar da APL. Conforme a instituição, diversos foram os motivos, tanto por questões estéticas, ideológicas, por viver longe do Paraná, por timidez do escritor ou por desinteresse da própria Academia em estimular possíveis candidaturas.
Atualmente, a composição dos acadêmicos que ocupam as cadeiras da APL é a seguinte:
Cadeira 1 – Dante Mendonça
Cadeira 2 – Ernani Buchmann
Cadeira 3 – Clèmerson Merlin Clève
Cadeira 4 – João Almino
Cadeira 5 – Paulo Venturelli
Cadeira 6 – Oriovisto Guimarães
Cadeira 7 – Ney José de Freitas
Cadeira 8 – Rafael Valdomiro Greca de Macedo
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