‘Dieta restritiva não é sinônimo de saúde’, diz nutricionista

“Se é uma pessoa que está acostumada a fazer uma ingestão de grande quantidade de alimentos e ela começa a restringir alimentos, pode até ter um resultado significativo. Mas, a longo prazo não significa que está relacionada com o fato de ter saúde e por ser restitiva não está ligada ao ser saudável”

As dietas da moda que prometem redução de peso rápida são dissociadas dos diversos determinantes da saúde e da nutrição.  Constituem padrões de comportamento alimentar não usuais, adotados por seguidores de celebridades. Em entrevista ao jornal Diário do Estado, a nutricionista Laís Bittencourt explicou as diversas formas das famosas dietas da moda, além de seus riscos e dicas para uma vida mais saudável.

Em relação aos resultados dessas dietas da moda, a especialista alerta que vai depender muito de cada pessoa. “Se é uma pessoa que está acostumada a fazer uma ingestão de grande quantidade de alimentos e ela começa a restringir alimentos, pode até ter um resultado significativo. Mas, a longo prazo não significa que está relacionada com o fato de ter saúde e por ser restitiva não está ligada ao ser saudável”, explica.

Entretanto, entre os benéficos está o de perda de peso, mas isso se for uma dieta que tenha um acompanhamento com profissional que vai entrar como uma estratégia de estimulação do metabolismo de uma forma diferente. “Uma dieta não é igual a uma receita de bolo, uma dieta da internet não significa que vai servir para todas as pessoas. A dieta ideal é aquela que tem o seu nome, que vai ser elaborada baseado na sua rotina, nas suas reais necessidades energéticas, de acordo com sua prática de atividade física e até mesmo com as suas preferencias alimentares. Não precisa ser uma dieta sofrida”, ressalta.

 

 

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Hetrin alerta sobre riscos do uso de suplementos vitamínicos sem orientação

A rotina agitada muitas vezes impede refeições equilibradas e hábitos saudáveis, resultando em fraqueza e cansaço. Com a ingestão reduzida de legumes, frutas e verduras, muitos recorrem a suplementos vitamínicos, sem orientação, o que pode trazer riscos à saúde.

Médica do pronto-socorro do Hetrin (Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos), Natália Sardinha alerta sobre os riscos de usar suplementos vitamínicos sem orientação médica, o que pode trazer sérios riscos à saúde.

“A suplementação deve ser considerada apenas quando há uma deficiência diagnosticada, sendo essencial que o médico avalie os sintomas do paciente e, se necessário, solicite exames para confirmar a necessidade de reposição”, orienta a médica da unidade de saúde do Governo de Goiás.

Ela ressalta que, em muitos casos, uma dieta balanceada é suficiente para fornecer os nutrientes essenciais sem a necessidade de suplementação adicional.

Para os idosos, porém, a médica observa que as mudanças fisiológicas, associadas ao envelhecimento, como a alteração do olfato e paladar, podem afetar a alimentação.

“A idade avançada pode aumentar a necessidade de proteínas, reduzir a biodisponibilidade da vitamina D e diminuir a absorção de nutrientes como a vitamina B6, fatores que tornam a avaliação nutricional ainda mais importante”, explica a médica.

Suplementos vitamínicos

O alerta aponta que o uso de vitaminas, sem acompanhamento profissional, pode ser prejudicial.

“O uso excessivo de vitaminas pode, por exemplo, levar à intoxicação, além de afetar órgãos como os rins e o fígado”, pontua Dra. Natália.

Outro ponto preocupante são as recomendações não verificadas nas redes sociais com promessas de benefícios como rejuvenescimento, fortalecimento de cabelo, imunidade e disposição.

“Seguir essas indicações pode levar ao consumo desnecessário de vitaminas, sobrecarregando o organismo”, adverte a médica, reforçando a importância de consultar sempre um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tipo de suplementação, garantindo segurança e eficácia no tratamento.

 

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