Em uma semana, mais de 50 pinguins-de-Magalhães encalharam no litoral paranaense. Os pinguins foram resgatados, e 20 deles sobreviveram. De acordo com pesquisadores da UFPR, a migração da espécie para a região acontece devido à busca por condições melhores de temperatura e alimento.
Em um resgate realizado por pesquisadores da UFPR, 52 pinguins foram encontrados encalhados no litoral paranaense em uma semana. A ação ocorreu entre os dias 25 de junho e 2 de julho. O primeiro resgate aconteceu em Matinhos. Dos 52 pinguins encontrados, apenas 20 sobreviveram.
Os animais resgatados estão sendo monitorados no laboratório da UFPR, localizado em Pontal do Paraná. A equipe de pesquisadores avalia as frequências cardíaca e respiratória dos animais, além de realizar exames de sangue. Os pinguins passam cerca de dois meses em reabilitação, buscando o ganho de peso.
Segundo os especialistas, os pinguins-de-Magalhães saem da região da Patagônia, no Chile e na Argentina, e se deslocam até o estado do Espírito Santo. Durante essa migração, muitos deles acabam encalhando nas praias paranaenses, já desnutridos e desgastados.
Os resgates são fundamentais para a preservação da espécie, uma vez que os pinguins são indicadores da saúde do ecossistema marinho. Em 2024, 453 pinguins foram resgatados no litoral do Paraná, com 36 sobreviventes que foram posteriormente soltos no mar após a recuperação.
O médico veterinário da UFPR, Fábio Henrique de Lima, destaca a importância de entender o comportamento migratório dos pinguins, que impacta diretamente nas condições ambientais futuras. Qualquer avistamento de animal silvestre deve ser comunicado ao laboratório da UFPR pelos telefones: 0800 642 3341 ou (41) 9 9213-8746.
Diante da fragilidade dos pinguins resgatados, é essencial manter a conscientização sobre os impactos humanos no meio ambiente, como a poluição e a pesca predatória. O trabalho dos pesquisadores da UFPR contribui não apenas para a preservação dessas aves marinhas, mas também para o equilíbrio dos ecossistemas costeiros.