Família pede justiça dois meses após morte de adolescente Vaqueirinho no Ceará

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Família cobra justiça dois meses após morte do adolescente Vaqueirinho, no interior do Ceará

O corpo do adolescente de 12 anos foi encontrado em uma pedreira depois de dias desaparecido após uma vaquejada.

Família acredita que adolescente foi torturado e morto após vaquejada no Ceará

Família acredita que adolescente foi torturado e morto após vaquejada no Ceará

A morte de Thiago Martins, de 12 anos, completa dois meses nesta semana. Conhecido como Vaqueirinho, o adolescente foi encontrado morto em uma pedreira na zona rural de Mauriti, no Ceará, no dia 6 de maio. Ele havia desaparecido três dias antes, após sair para uma vaquejada no município e não retornar para casa.

Segundo a mãe, Josiely Martins, Thiago tinha saído de casa na sexta-feira, 2 de maio, a convite de um vizinho para trabalhar como tratador de animais. Ainda conforme ela, o combinado era de que o garoto voltaria para casa no domingo, 4 de maio. Só que ele não voltou. A mãe conta que entrou em contato com o vizinho por telefone e afirma que ele não teria falado sobre o sumiço do adolescente.

Horas depois da ligação, Thiago Martins foi encontrado por um primo e um amigo da família. O corpo estava machucado, e a roupa, rasgada, não sendo a mesma que ele usava quando saiu de casa na sexta-feira. O laudo cadavérico da Perícia Forense apontou trauma torácico como causa da morte.

Na nota mais recente sobre o caso, a Polícia Civil informou que segue investigando as circunstâncias da morte, que o procedimento está a cargo da Delegacia de Mauriti e sob segredo de Justiça. Nesses dois meses, foram realizadas oitivas, inclusive do vizinho que havia pedido à família para levar o garoto à vaquejada. Ninguém foi preso.

Inconformados, família, amigos e moradores fizeram um protesto na cidade em 27 de junho, cobrando resposta sobre o caso. Naquela manhã, quando os manifestantes pararam em frente ao fórum, o promotor de Justiça Rafael Couto Vieira pegou o microfone e falou que acompanharia o caso com atenção.

A mãe de Thiago diz que procurou a Polícia Civil, mas que, por enquanto, não foi recebida pelo delegado. Enquanto a família não tem resposta concreta, a mãe do Vaqueirinho afirma ter deixado a própria casa por não se sentir em segurança.

VAQUEJADA É LOCAL PARA MENOR DE IDADE?

A tragédia envolvendo o Vaqueirinho de Mauriti chama atenção para a presença de crianças e adolescentes em vaquejadas, eventos comuns no interior do Ceará e que costumam mobilizar mais espectadores nesta época do ano. Entre junho e julho, duas das maiores vaquejadas são realizadas no Cariri, nos municípios de Missão Velha e Juazeiro do Norte.

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), menores de idade só podem participar de eventos públicos se estiverem acompanhados de responsáveis ou em caso de autorização dada por um juiz. A mesma lei prevê multa de 3 a 20 salários mínimos para o responsável pelo evento que deixar de observar a presença de menores de idade de acordo com o que determina o ECA.

A fiscalização deve ser feita pelo Conselho Tutelar, mas o órgão não tem estrutura para estar presente em todas as vaquejadas, conforme Rafael Couto.

Na nota mais recente sobre o caso, a Polícia Civil informou que a família cobra justiça dois meses após a morte do adolescente Vaqueirinho, no interior do Ceará. O procedimento está a cargo da Delegacia de Mauriti e sob segredo de Justiça. Nesses dois meses, foram realizadas oitivas, inclusive do vizinho que havia pedido à família para levar o garoto à vaquejada. Ninguém foi preso.

Inconformados, família, amigos e moradores fizeram um protesto na cidade em 27 de junho, cobrando resposta sobre o caso. Naquela manhã, quando os manifestantes pararam em frente ao fórum, o promotor de Justiça Rafael Couto Vieira pegou o microfone e falou que acompanharia o caso com atenção.

A mãe de Thiago diz que procurou a Polícia Civil, mas que, por enquanto, não foi recebida pelo delegado. Enquanto a família não tem resposta concreta, a mãe do Vaqueirinho afirma ter deixado a própria casa por não se sentir em segurança.

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