Mulher acusada de matar mãe asfixiada pesquisou na internet ‘como carbonizar um corpo’ em Minas Gerais, diz polícia

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Mulher acusada de matar a mãe asfixiada em Minas Gerais pesquisou na internet ‘como
carbonizar um corpo’, diz polícia

Mariana Arlete Santana Bitencourt foi encontrada morta dentro de casa no dia 4
de maio, em Itajubá (MG). Segundo a Polícia Civil, o crime foi premeditado e
teve motivação financeira.

A mulher acusada de matar a mãe asfixiada com clorofórmio em Itajubá, Minas Gerais, fez
pesquisas na internet dias antes do crime que, segundo os investigadores,
comprovam a premeditação. Entre os termos buscados pela suspeita estavam: “Como
matar uma pessoa por asfixia com clorofórmio” e “Como carbonizar um corpo”.

A Polícia Civil concluiu o inquérito que apurava a morte da idosa de 78 anos
encontrada morta no dia 4 de maio deste ano, dentro da própria casa no bairro
Medicina. Segundo as investigações, o crime foi cometido pela filha da vítima,
uma mulher de 53 anos, que agiu de forma premeditada, com motivação patrimonial.
Ela foi indiciada por latrocínio e fraude processual, e está presa
preventivamente.

As informações sobre o caso foram relatadas em coletiva de imprensa, concedida
pela Polícia Civil de Itajubá nesta terça-feira.

De acordo com a polícia, Mariana Arlete Santana Bitencourt foi assassinada no
dia 27 de abril, uma semana antes de ser encontrada. O corpo já estava em
avançado estado de decomposição quando foi localizado pela própria filha, que
havia viajado para Caraguatatuba (SP) e retornou simulando surpresa diante da
morte da mãe.

Após perícia e coleta de provas, foi comprovado que a idosa foi morta por
asfixia com clorofórmio. A filha ainda tentou queimar o corpo utilizando mantas
encharcadas com querosene, uma vela parcialmente consumida e objetos inflamáveis
no local, com o objetivo de iniciar um incêndio lento que destruísse o corpo e a
cena do crime, o que, segundo a polícia, só não ocorreu em maior escala porque o
fogo não se espalhou como planejado.

Durante as investigações, a polícia colheu um conjunto considerado robusto de
provas. A suspeita fez dezenas de pesquisas na internet nos dias que antecederam
o crime com termos como “como carbonizar um corpo”, “como matar com
clorofórmio”, “quanto tempo o clorofórmio leva para sair do corpo” e “em quantos
dias a perícia detecta causa da morte”.

Após o crime, já em viagem, a mulher também pesquisou por incêndios em Itajubá e
obituários na cidade. “Se ela desconhecia a morte da mãe, por que esse tipo de
pesquisa? Isso só comprovou que ela efetivamente havia ceifado a vida da vítima
e estava verificando se realmente o intento criminoso dela tinha atingido a
finalidade que ela desejava”, afirmou o delegado.

Segundo a apuração, a motivação do crime foi financeira. A filha teria se
apossado de uma quantia em dinheiro que a mãe havia sacado dias antes da morte,
além de levar um carro e um talão de cheques da vítima.

A filha da vítima já tinha histórico de conflitos com a mãe. De acordo com a
Polícia Civil, em 2022, foi registrada uma ocorrência na Delegacia da Mulher
envolvendo desentendimento entre ambas por questões patrimoniais.

A investigada, que herdou uma quantia significativa após a morte do pai, um
ex-promotor, teria gastado a herança em viagens e cirurgias plásticas. Quando
ficou sem recursos, voltou a morar com a mãe, em fevereiro deste ano.

Apesar de negar a autoria do crime, ela admitiu ter se apossado do dinheiro e
dos cheques, alegando que teriam sido entregues voluntariamente pela mãe. Ainda
segundo a Polícia Civil, os demais familiares da vítima, incluindo irmãos da
investigada, não têm qualquer envolvimento com o crime.

O inquérito foi concluído com o indiciamento da filha por latrocínio e fraude
processual. A prisão temporária foi convertida em prisão preventiva por tempo
indeterminado. O Ministério Público já ofereceu denúncia e o caso segue agora
para julgamento.

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