Comurg desliga 650 aposentados após economizar R$ 73 milhões: nova etapa de reestruturação anunciada por Mabel em Goiânia

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Comurg desliga mais de 650 aposentados após economizar R$ 73 milhões na folha em
2025, diz Mabel

Companhia apresentou uma redução de 29,1% na folha de pagamento em relação ao
mesmo período de 2024. Uma das medidas de impacto que foram adotadas corresponde
à redução de 80% nos cargos comissionados.

Prefeito Sandro Mabel anuncia nova etapa do plano de reestruturação da Comurg

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, falou sobre a nova etapa no Plano de Reestruturação da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) durante uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (9). Na ocasião, Mabel informou sobre o desligamento de 668 servidores aposentados e destacou que a companhia apresentou uma redução de 29,1% na folha de pagamento em relação ao mesmo período de 2024, o que corresponde a R$ 73,6 milhões.

> “Só de folha de pagamento nesses seis meses, nós diminuímos ela em R$ 73
> milhões, a partir de uma série de questões, coisas que não precisavam ser
> pagas, demissões que foram feitas, ajustes e outras coisas mais”, declarou o
> prefeito.

A gestão divulgou que a folha de 2024, de janeiro até junho, foi de mais de R$
252,5 milhões. A deste ano fechou em R$ 178,8 milhões.

Uma das medidas que foram adotadas, segundo a prefeitura, corresponde à redução
no número de comissionados. A gestão divulgou que, em janeiro de 2024, havia 532
servidores nesta condição. No início deste ano, o número caiu para 120, o que
indicou uma redução de 80,82%.

Mabel destacou que a calamidade financeira
da Comurg não é uma novidade. “É uma empresa que vem quebrada há muitos anos.
Ano passado ela deu 1,1 bilhão de prejuízo, que foi registrado. Mas é uma
empresa, que na nossa opinião, tem jeito. Tem como recuperar. A cidade precisa
da Comurg”, disse.

REDUÇÃO DE FUNCIONÁRIOS

A nova fase do plano teve início com o desligamento dos 668 aposentados. A prefeitura ressaltou que eles permaneciam na folha salarial pois não havia recursos para o pagamento das rescisões. A partir da reestruturação, a companhia conseguiu viabilizar os acertos. Desde o início do ano, cerca de 1,5 mil servidores foram desligados, informou o prefeito.

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RESULTADOS DO PLANO

Com o plano em ação, a Comurg divulgou que houve o recadastramento dos
servidores da companhia, acordo com o Sindicato dos Empregados de Empresas de
Asseio e Conservação (SEACONS) e a manutenção de mais de 1,4 mil funcionários.

Desde que iniciou o plano de reestruturação, a gestão informou que promoveu a
extinção de gratificações, diretorias e cargos de chefia desnecessários. Além
disso, houve a retomada de pagamento de FGTS e obrigações trabalhistas após 27
meses de atrasos. Nesta nova etapa, houve um investimento de mais de R$ 33 milhões.

> “A companhia começou a entrar no eixo. Uma série de desperdícios que nós
> tínhamos aqui [foram cortados]. Nós cortamos quase 70% dos cargos de chefia.
> Cortamos cinco diretorias. Nós fizemos toda uma adequação de frota. A Comurg
> para não alugar mais caminhões usa na parte noturna os caminhões da Seinfra”,
> disse Mabel.

Além disso, a companhia contratou um escritório jurídico especializado em
direitos trabalhistas. Em relação aos casos de corrupção, a gestão destacou que
38 servidores estão sendo investigados por suspeita de acordos extrajudiciais
irregulares.

A prefeitura disse ainda que a Comurg busca se adequar às exigências legais e
garantir um equilíbrio econômico, conforme as orientações dos órgãos
fiscalizações do estado, como o Tribunal de Contas de Municípios (TCM) e o
Ministério Público de Goiás (MP-GO).

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