Violência e cobranças abusivas: moradores de Catiri, em Bangu, sofrem com a disputa entre traficantes e milicianos.

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Traficantes atearam fogo em um poste de internet na região do Catiri, em Bangu, deixando os moradores sem acesso à rede. A empresa responsável por prestar o serviço de internet na área emitiu uma nota informando que parou de atuar na região por motivos de força maior, em decorrência da violência causada pela disputa entre traficantes e milicianos pelo controle da comunidade. Com isso, os fornecedores de serviços à milícia têm sido alvos de ataques por parte do tráfico local.

Além do incêndio no poste, os moradores da região relataram tiroteios frequentes entre as duas facções criminosas. Os fios de internet já foram cortados e incendiados em outras ocasiões, gerando instabilidade na região. A situação de violência tem gerado insegurança e transtornos para os moradores do Catiri, que se veem no meio de uma disputa perigosa entre grupos criminosos.

A empresa de internet Supercom Network anunciou o encerramento de suas atividades na região de Bangu, alegando motivos de força maior e questões alheias à sua vontade. A suspensão dos serviços de internet deve ser permanente a partir de julho de 2025. A cobrança de taxas pelos milicianos também tem sido uma prática constante na região, afetando tanto os moradores quanto os comerciantes que precisam lidar com essas imposições.

Os moradores do Catiri denunciam a exigência de uma “contribuição mensal voluntária” para a milícia, que chega a cobrar cerca de R$ 80,00 por mês de cada residência, incluindo taxas de gás e luz. Além disso, os comércios são obrigados a pagar valores que variam de acordo com o tipo de estabelecimento, podendo ser exigidos semanalmente. Essa situação tem gerado revolta entre os moradores, que se sentem reféns da violência e das imposições dos grupos criminosos na região do Catiri, em Bangu.

Os relatos dos moradores revelam o cansaço e o descontentamento com as consequências da guerra entre as facções criminosas, que afetam diretamente o dia a dia da comunidade. A falta de acesso à internet, somada à cobrança de taxas abusivas e às constantes ameaças de violência, têm gerado um clima de insegurança e desespero entre os residentes do Catiri. É necessário que medidas urgentes sejam tomadas para garantir a segurança e a tranquilidade dessa população tão vulnerável diante do domínio criminoso na região.

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