Advogada que viralizou ao revelar disputa de guarda de bebê reborn fala sobre condenação por injúria a promotor: ‘Grande aprendizado atrás dessa história’
Suzana Ferreira da Silva entrou com pedido de recurso para tentar reverter a decisão que a condenou a 7 anos e 4 meses de prisão em regime semiaberto. Nas redes sociais, ela disse que ‘tem o direito de se defender’.
Advogada se pronuncia após condenção por injúria racial contra promotor de Justiça
Após a sua condenação por injúria racial, calúnia e difamação contra um promotor de Justiça, a advogada Suzana Ferreira da Silva, que viralizou nas redes sociais ao revelar disputa de guarda de bebê reborn, se pronunciou nas redes sociais na quarta-feira (9) sobre os ataques que está recebendo (veja acima). Ela entrou com um pedido de recurso para tentar reverter a decisão.
> “Eu vou continuar falando sobre o assunto, até porque eu acho que é um direito meu. Eu tenho o direito de me defender e tá tudo bem. Não acredito também que seja tudo ruim não, acho que tem um grande aprendizado atrás dessa história”, disse.
Os crimes foram cometidos nos anos de 2021 e 2023 contra Milton Marcolino dos Santos Júnior, titular da 5ª Promotoria de Justiça de Aparecida de Goiânia, segundo a denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Durante a participação em dois podcasts, a advogada teria injuriado a vítima ao se referir a sua cor de pele, o caluniado e depois o difamado com uma acusação de assédio, conforme informado na sentença (entenda detalhes abaixo).
Suzana foi condenada a 7 anos e 4 meses de prisão em regime semiaberto. Além disso, ela deve pagar uma indenização para a vítima no valor de R$ 30 mil.
Após a divulgação da sentença, a advogada chegou a publicar um vídeo em seu perfil no Instagram dizendo que não esperava ser absolvida, mas que seguirá com o seu trabalho e com a própria defesa na via recursal. “É uma dosimetria de pena completamente absurda”, ressaltou.
Em entrevista à TV Anhanguera, o promotor Milton Marcolino afirmou que não acompanhou o processo e deixou a cargo da Justiça para que o caso fosse solucionado. “Não houve nenhum tipo de assédio, de provocação ou de constrangimento pela minha parte, até porque a audiência que diz que eu participei, ela nunca trabalhou comigo”, disse.
Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção Aparecida de Goiânia informou que não se manifesta sobre processos judiciais envolvendo advogados e destacou que “eventuais procedimentos internos para apuração de conduta ética tramitam sob sigilo, nos termos do Estatuto da Advocacia e do Código de Ética e Disciplina, não sendo passíveis de divulgação pública ou declaração posterior” (leia o pronunciamento completo ao final do texto).