Impactos do “tarifaço” de Trump: desafios para indústria pernambucana

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O impacto do “tarifaço” de Donald Trump à indústria pernambucana pode ser significativo. A imposição de uma tarifa comercial de 50% a todos os produtos brasileiros enviados aos Estados Unidos pode afetar setores como a cana-de-açúcar, uvas frescas e torres de aço. Essa medida entra em vigor a partir de 1º de agosto e pode desestabilizar o planejamento das exportações de Pernambuco, que teve os EUA como o segundo maior comprador em 2024.

No ano passado, o estado exportou cerca de US$ 2,1 bilhões para 139 países, sendo os Estados Unidos o segundo maior comprador. Os principais produtos exportados por Pernambuco incluem a cana-de-açúcar, uvas frescas e torres de aço. Com a imposição da tarifa de 50%, o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool em Pernambuco já avalia os reflexos dessa decisão na região. O presidente da entidade, Renato Cunha, vê com apreensão a taxação, que pode ter impactos nos plantadores de cana.

Por outro lado, a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco está buscando estratégias para amenizar os prejuízos. O gerente de política industrial da Fiepe, Maurício Laranjeira, acredita que os impactos poderão acontecer em uma reação em cadeia, afetando desde a indústria até o consumidor final. Com essa medida de Trump, as indústrias terão que rever sua linha de produção, a capacidade de produção e os investimentos futuros.

Em sua carta a Lula, Trump justificou o aumento da tarifa para 50%, citando Bolsonaro e criticando o Brasil. Em resposta, Lula afirmou que o Brasil não aceitará ser tutelado por ninguém e que responderá à medida com base na Lei da Reciprocidade Econômica. O mercado financeiro reagiu com cautela à decisão de Trump, que pode ter impactos não apenas na indústria pernambucana, mas também na economia brasileira como um todo.

Diante desse cenário, Pernambuco, que é mais importador do que exportador, terá que se adaptar às novas condições do mercado internacional. A indústria local precisará encontrar alternativas para lidar com a tarifa imposta pelos Estados Unidos e ajustar suas estratégias de produção e exportação. A situação deve ser acompanhada de perto pelas autoridades e entidades representativas, a fim de minimizar os impactos e garantir a sustentabilidade do setor produtivo no estado.

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