O Corinthians prepara um esquema especial para o primeiro dia de utilização do sistema de reconhecimento facial na Neo Química Arena, neste domingo, na retomada do Campeonato Brasileiro, contra o Red Bull Bragantino. Serão 130 funcionários, sendo que o normal é que haja de 60 a 70, com equipes dedicadas, em todas as entradas do estádio, a resolver eventuais problemas de identificação. Cada setor terá uma equipe dedicada para resolver problemas. Deu problema, a gente tira a pessoa da fila, entende o problema e resolve ali mesmo. Para não tirar a vazão dos torcedores que estão chegando, destaca o diretor de Tecnologia do Corinthians, Marcelo Munhoes, ressaltando que a Polícia Militar também terá efetivo aumentado para a partida.
Apesar do esquema reforçado, o diretor admite que poderá haver problemas nos acessos. Não houve teste do sistema em qualquer outro jogo. Vamos ser realistas e conservadores, a gente sabe que problemas vão acontecer, nós não realizamos testes, mas a gente conta com a torcida dando todo apoio, chegando antes, para nos ajudar a fazer um belo espetáculo. Os portões da Neo Química Arena serão abertos às 17h para o jogo marcado para as 19h. O Corinthians pede que os torcedores cheguem com antecedência e não deixem a entrada para os últimos minutos. Chegando, dentro dessas duas horas, não deixando para entrar nos últimos minutos, é possível entrar sem problemas, sem dificuldades.
Também para tentar evitar problemas, a comercialização de ingressos será encerrada às 19h deste sábado – 24 horas antes da partida. Isso para que a gente consiga organizar todas as informações e ter uma tranquilidade técnica no dia do jogo, explica o dirigente. Com mais de 110 mil cadastros de biometria realizados, mais de 20 mil ingressos já tinham sido vendidos até o início da tarde desta sexta-feira. Para adquirir o ingresso, é obrigatório que o torcedor tenha completado o cadastro biométrico.
Desde 20 de junho passou a vigorar a obrigação de uso de sistema de reconhecimento facial em estádios com capacidade para mais de 20 mil pessoas, conforme a Lei Geral do Esporte. Embora informado do prazo há dois anos, o clube demorou a agir para contratar e instalar a tecnologia. Inicialmente, o Timão planejava implementar a biometria de forma gradual, em processo que levaria sete partidas. Porém, dessa maneira, o clube seria obrigado a vender no máximo 19.999 ingressos, o que geraria um prejuízo financeiro e esportivo. Assim, no intervalo de um mês, o Corinthians rescindiu contrato com a empresa Bepass, contratada pelo presidente afastado Augusto Melo para fornecer a tecnologia ao clube, e fechou com a Ligatech. Dias depois, recebeu as novas catracas e iniciou o processo de cadastramento dos torcedores.