O prefeito Iris Rezende (PMDB) sinalizou nesta quinta-feira, 23, que o aumento da tarifa do transporte público da Grande Goiânia pode significar a melhoria no serviço oferecido. De acordo com Rezende, o sistema de cobranças está defasado e a majoração proposta, entre R$ 0,20 e R$ 0,30, daria mais autoridade para o poder público exigir contrapartidas da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC).
“Nós vamos exigir dos empresários que cumpram seu dever. Consertar o transporte coletivo da Grande Goiânia foi uma proposta minha ainda de candidato. Mas não temos autoridade para exigir isso hoje se não cumprirmos com a nossa parte, que é o reajuste de passagem”, alegou o prefeito.
Nesta quinta-feira, 23, o Conselho Regulador da Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR) deve se reunir para discutir o pedido de reajuste da CMTC. Atualmente, a passagem custa R$ 3,70. Especula-se que a majoração pode elevar o custo para R$ 4,00.
Com esse valor, de acordo com o prefeito, seria possível que a empresa, aliada às ações públicas necessárias, melhorasse o serviço. Como contrapartida pelo reajuste, Iris quer mais linhas e mais ônibus circulando.
“A primeira coisa é colocar ônibus suficientes, novos. Respeitar a população. Da nossa parte, cabe procurar melhorar o trânsito, para facilitar o tráfego dos ônibus. Vamos criar linhas internas se necessário”, avaliou.
Questão delicada
Os reajustes no preço da passagem costumam causar reações negativas na população e em órgãos como o Ministério Público (MP), que já adiantou que, caso haja elevação na tarifa, serão cobradas melhorias sensíveis no transporte.
A partir dessa posição, o prefeito conclamou o MP a integrar o debate. Iris quer que o órgão ministerial auxilie a prefeitura no processo.
“Nós vamos convocar o MP para avaliar conosco os estudos. Também o que nós estaríamos dispostos a fazer. Nessa hora também já estabelecer o que vamos exigir dos detentores do contrato do transporte público em Goiânia”, garante.