O DE revelou que o celular de Edmílson da Silva, conhecido como Macalé, foi manuseado após sua morte, com contatos inseridos no aparelho. Macalé, sargento da PM que teria feito a ligação entre Ronnie Lessa e o mandante da morte de Marielle, foi executado em 2021. O celular só foi enviado para perícia 1 ano e 8 meses após o crime, em 25 de julho de 2023, segundo informações da Polícia Federal.
Edmílson da Silva, também conhecido como Macalé, foi assassinado em 2021 e seu celular foi acessado após sua morte, conforme relatório da PF. Ele é apontado como responsável por intermediar a contratação de Ronnie Lessa para assassinar Marielle Franco. Documentos obtidos pelo DE revelam que contatos foram inseridos e ligações foram feitas no aparelho mesmo após a morte do ex-policial.
Segundo a Polícia Federal, Macalé chegou a utilizar outros dois chips antes do chip analisado no celular, indicando uma possível troca de aparelhos. A perícia identificou a inserção de quatro novos contatos após a morte de Macalé, incluindo Chuck, Marcelo Pres. TNLD, Sheila e Fábio Cabeça. Esses contatos foram criados e ligações foram realizadas mesmo após o falecimento do ex-policial.
Dentre os contatos adicionados após a morte de Macalé, estão Marcelo Pres. TNLD, Sheila e Fábio Cabeça, que realizaram ligações para o aparelho. A perícia não encontrou conversas anteriores entre eles. Macalé tinha o hábito de trocar de número frequentemente, o que indica que ele poderia usar outros aparelhos em média a cada seis meses.
As mensagens recuperadas pela perícia revelam que Macalé, também conhecido como John Macalister, admitiu ter causado danos à localidade dominada pelo Comando Vermelho. A Polícia Federal interpreta que essa afirmação não está relacionada à sua atuação como policial, mas sim a vínculos com milícias e sua proximidade com Ronnie Lessa. A defesa de Chiquinho e Domingos Brazão nega qualquer ligação com Macalé ou com grupos de passarinhos.
O DE destaca que Macalé tinha interesse em passarinhos, participava de campeonatos e trocava mensagens sobre o assunto. Sua relação com o deputado federal Chiquinho Brazão, ligado a esse meio, é mencionada nas investigações. Segundo a PF e a delação de Ronnie Lessa, os irmãos Brazão fizeram contato com o matador de Marielle através de Macalé. A defesa dos Brazão sempre negou tal encontro.