Professor de música em MA monta ‘bandinha’ de rock com alunos e viraliza

professor-de-musica-em-ma-monta-bandinha-de-rock-com-alunos-e-viraliza

O professor de música de MA monta ‘bandinha’ com alunos e viraliza com clássicos do rock nacional

Vídeo da apresentação de “Tempo Perdido”, Legião Urbana, já ultrapassa 3 milhões de visualizações. Além de músico, Antonyel Pacheco, de 40 anos, é advogado por formação e integra há 16 anos a Companhia Barrica, grupo cultural tradicional do estado.

Os instrumentos podem até ser pequenos, mas o som é de gente grande. Em São Luís, o professor Antonyel Pacheco, de 40 anos, encontrou no rock nacional uma forma criativa de ensinar música para crianças e montou uma “bandinha” com seus próprios alunos. Veja abaixo.

No Dia Mundial do Rock, celebrado neste domingo (13), conheça a história do projeto que saiu da sala de aula direto para a internet, onde viralizou com vídeos que já acumulam milhões de visualizações.

Em entrevista ao DE, o professor contou que a ideia de montar a “bandinha” e gravar os vídeos surgiu dentro da própria sala de aula, que fica na sua casa, e também de uma vontade antiga de ter uma banda de rock.

Antonyel nasceu em Grajaú, no interior do Maranhão, e há mais de 20 anos dá aulas de música para crianças e adolescentes. Além de músico, é advogado por formação e integra há 16 anos a Companhia Barrica, grupo cultural tradicional do estado.

“Eu sempre brincava, porque queria muito montar uma banda para fazer esse tipo de trabalho. Cheguei a ensaiar com alguns amigos incríveis, músicos maravilhosos, mas nunca dava certo por várias questões. E quando olhei para os meus alunos, pensei: por que não? Por que não aperfeiçoar isso e usar a aula para colher bons frutos?”, lembra.

Autodidata desde cedo, o professor conta que aprendeu a tocar observando o pai, também músico. Aos 13 anos, ainda em Grajaú, montou sua primeira banda, de forró, com amigos da mesma idade, fazendo covers de grupos como Mastruz com Leite e Limão com Mel. A paixão pelo ensino veio logo depois, aos 16 anos, quando começou a dar aulas para outros colegas e nunca mais parou.

Segundo o professor, além do desejo antigo de formar uma banda, o que ajudou na criação do grupo foi a percepção de que alguns alunos demonstravam evolução musical e compartilhavam da mesma vontade. “Eles vinham com a mesma gana, com a mesma ideia”, lembra.

A gravação dos vídeos, segundo ele, faz parte da metodologia de ensino, como uma etapa do processo de aprendizado em que os alunos são preparados para registrar o resultado do que foi ensinado. Ele afirma que as publicações nas redes sociais surgiram naturalmente, com a intenção de mostrar o processo mais puro possível das aulas, registrando o progresso de cada aluno.

“As aulas acontecem em uma sala reservada na casa do próprio professor. Com o passar dos anos, o projeto ganhou equipamentos melhores, como interfaces de áudio e microfones de qualidade, o que ajudou a ampliar o alcance dos vídeos. O vídeo bateu 10 mil, nossa que legal, a gente comemorava. Esse bateu tantos mil, a gente comemorava. Então foram passos de cada vez, assim, tudo bem pensado. E isso passou a mudar muita coisa na vida, na relação”, relembra.

Para o professor, o rock vai além de um gênero musical, é quase uma “filosofia de vida”. Ele explica que o rock tem uma “linha”, uma essência que envolve uma vivência quase religiosa, não no sentido tradicional, mas na intensidade com que quem o vive incorpora seus valores.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp