Violência no Rio: Fuzis representam 43% das apreensões no estado, exigindo medidas de combate ao crime organizado

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O gatilho da violência: Rio concentra 43% das apreensões de fuzis, armas de guerra que desconfiguraram o estado em cinco décadas. Em dez anos, foram 4.714 exemplares do armamento retirados das mãos dos bandidos em território fluminense, representando quatro em cada dez encontrados pelas polícias em todo o país. A presença dos fuzis nas mãos dos criminosos é uma realidade que assola o Rio, causando medo e violência na população.

Vila Kennedy, Zona Oeste do Rio, é um exemplo do poder bélico que as facções criminosas exercem sobre as comunidades. Criminosos com fuzis atravessados no peito vigiam a entrada da comunidade, enquanto em outras regiões, como Botafogo, assaltantes utilizam o mesmo tipo de arma para tentar roubar carros de moradores. O cenário de violência se intensifica no Complexo da Maré, onde bandidos são flagrados testando essas “máquinas mortíferas” em verdadeiros centros de treinamento do tráfico.

A presença dos fuzis no cenário urbano do Rio é considerada uma excepcionalidade, uma vez que em outros países e estados brasileiros o uso desse armamento é raro. De acordo com o delegado Vinicius Domingos, da Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos (CFAE) da Polícia Civil fluminense, o fuzil é empregado de forma específica em ações de grande impacto, como atentados terroristas. No entanto, no Rio, sua utilização é frequente, sustentando o controle territorial das quadrilhas criminosas.

A expansão do Comando Vermelho no Rio é apontada como um dos principais motivos para a disseminação dos fuzis e armas de guerra no estado. A guerra entre facções e milícias tem tomado proporções alarmantes, resultando na tomada de diversas comunidades e em confrontos violentos em áreas urbanas. A presença do fuzil nas mãos dos criminosos tem impactado diretamente a segurança pública e a vida da população carioca.

A história do uso de fuzis por organizações criminosas no Rio remonta às décadas de 1970 e 1980, quando houve os primeiros relatos do emprego desse armamento. Ao longo dos anos, o tráfico de drogas enriqueceu as facções e estimulou uma corrida armamentista, impactando as forças de segurança e a sociedade como um todo. A presença dos fuzis nas ruas mudou a dinâmica dos confrontos e a rotina das emergências da rede pública de saúde, que precisaram se adaptar para atender às vítimas.

Os casos de violência armada e os impactos causados pelos fuzis na vida dos moradores do Rio evidenciam a gravidade da situação e a necessidade de medidas eficazes para combater o poder bélico do crime organizado. A segurança pública enfrenta desafios constantes diante do avanço das facções e da disseminação das armas de guerra, que representam uma ameaça constante à paz e à tranquilidade da população carioca. Medidas de combate ao tráfico de armas e de fortalecimento das forças de segurança são essenciais para garantir a segurança e o bem-estar dos cidadãos do Rio de Janeiro.

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