A Polícia Civil realizou uma operação na manhã desta segunda-feira e encontrou a base da milícia chefiada por Gilson Ingrácio de Souza Junior, conhecido como Juninho Varão, em Cabuçu, Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A base, composta por três casas, servia para armazenar armas e veículos, sendo que os agentes apreenderam cinco carros de luxo roubados que eram utilizados pelos paramilitares para cobranças e rondas. Além dos veículos, foram encontrados coletes balísticos, materiais diversos e documentos de contabilidade da organização criminosa.
Juninho Varão é investigado pela Polícia Civil por suspeita de liderar um grupo de milicianos que atua em bairros de Nova Iguaçu e Queimados, na Baixada Fluminense. A milícia é responsável por extorquir dinheiro de moradores e comerciantes locais em troca de suposta segurança e serviços essenciais. As investigações seguem em andamento para localizar os integrantes da organização criminosa e desmantelar sua estrutura financeira.
Após a morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko, em junho de 2021, houve um racha na milícia e os negócios explorados pelos paramilitares em Nova Iguaçu ficaram sob responsabilidade de Danilo Dias Lima, conhecido como Danilo Tandera. Após a morte de Delso Dias Lima, irmão de Tandera, Juninho Varão assumiu o comando dos negócios na região, fortalecendo-se ao formar alianças com milicianos de Seropédica.
Com o monopólio da exploração dos negócios irregulares da milícia em partes de Nova Iguaçu e movimentando cerca de R$ 10 milhões somente em 2023, Juninho Varão expandiu seus domínios para Queimados. As ações da Polícia Civil contaram com a participação de agentes da Draco/IE, Ssinte e Core, com suporte das aeronaves do Serviço Aeropolicial (SAER) para combater a organização criminosa e localizar seus membros e estrutura financeira.
A situação evidencia a complexidade do combate às milícias e organizações criminosas que atuam em diversas regiões do Rio de Janeiro. A ação da Polícia Civil é fundamental para desmantelar esses grupos e garantir a segurança da população local. O trabalho conjunto das forças de segurança e a continuidade das investigações são essenciais para coibir as atividades ilícitas dessas organizações e promover a justiça. A população pode colaborar denunciando atividades suspeitas e contribuindo para a prisão dos envolvidos.