O Rio de Janeiro está investindo em educação e formação na área de inteligência artificial (IA), com o objetivo de se tornar um polo de conhecimento e tecnologia no Brasil. A demanda por profissionais qualificados nesse setor está em alta e deve crescer até 150% até o final do ano, de acordo com associações do setor de tecnologia.

Neste semestre, a PUC-Rio abrirá o primeiro curso de graduação em inteligência artificial do estado, além do primeiro curso de pós-graduação do país na área. A expectativa é que a primeira turma de graduação comece em setembro, com aulas integradas entre disciplinas de tecnologia e impacto social.

Os alunos demonstram entusiasmo com a oportunidade de fazer parte da primeira turma de cursos de IA no Rio. Yasmin Machado Sandes destaca a inovação como um dos motivos para escolher o curso, enquanto Luiz José da Cruz ressalta a importância da adaptação e atualização constante na área.

O Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) também lançará a primeira turma de pós-graduação de IA e regulação do Brasil, com início das aulas previsto para setembro. O curso, com foco na regulação da inteligência artificial, visa capacitar profissionais para lidar com os desafios éticos e legais da tecnologia.

A prefeitura do Rio de Janeiro tem um plano ambicioso para se tornar a capital da inteligência artificial no país, com o projeto Rio AI City. A iniciativa inclui a construção de um campus de IA e data centers de ponta, com o objetivo de atrair investimentos e empresas para a cidade até 2032.

O diretor do Instituto PUC-Behring de Inteligência Artificial, Renato Cerqueira, destaca a importância de uma formação integrada entre tecnologia e humanidades para preparar os futuros profissionais de IA. Já Fabro Steibel, diretor-executivo do ITS, ressalta a necessidade de criar uma massa crítica capaz de compreender e regular o uso da tecnologia.

Com a abertura de cursos de graduação e pós-graduação em inteligência artificial, o Rio de Janeiro busca se posicionar como um centro de excelência em tecnologia no Brasil. A cidade pretende aproveitar o potencial da IA para promover o desenvolvimento, a educação e mitigar possíveis riscos para a população, conforme destaca Fabro Steibel.