Zagueiro do Bayer Leverkusen quer aprender a jogar com a “raça brasileira” em pré-temporada no Rio
Fã de Ronaldinho Gaúcho e fluente em português, por ter jogado no Vitória de Guimarães, Edmond Tapsoba diz que os times do Brasil atualmente aliam intensidade e jogo bonito
O Bayer Leverkusen está no Rio de Janeiro, realizando treinos no Ninho do Urubu.
Quem observa Edmond Tapsoba em ação, protegendo a defesa do Bayer Leverkusen com seus 1,92m, não imagina que, na infância em Burkina Faso, jogando como meio-campo, ele aspirava ser como Ronaldinho Gaúcho. Driblar e marcar gols como seu ídolo fazia no Barcelona. Atualmente, como zagueiro, ele não deixa a desejar.
Desde 2019 no Bayer Leverkusen, Tapsoba foi um dos destaques do time histórico de 2023/24, campeão alemão invicto, com a melhor defesa da competição – sofrendo apenas 24 gols em 34 jogos. Participando da pré-temporada no Rio de Janeiro com a equipe, Tapsoba destaca o que a semana de treinos no Ninho do Urubu, CT do Flamengo, pode acrescentar ao Bayer:
– A raça brasileira. O futebol aqui é muito agressivo, de muita intensidade. Se absorvermos isso, acredito que teremos uma boa temporada – afirmou Tapsoba, que passou três anos em Portugal, primeiro no Leixões e depois no Vitória de Guimarães.
Após a excelente temporada de 2023/24, com os títulos da Bundesliga e da Copa da Alemanha, o Bayer Leverkusen não manteve o bom desempenho e ficou em segundo lugar na Bundesliga, a 13 pontos do Bayern de Munique. Passou também por uma pequena reformulação: saíram o camisa 10 Florian Wirtz, o zagueiro Jonathan Tah e o ala Jeremir Frimpong, além da perda talvez mais significativa, do técnico Xabi Alonso, agora no Real Madrid.
A pré-temporada no Rio de Janeiro marca o início do trabalho do novo treinador, o holandês Erik Ten Hag. O goleiro Mark Flekken, ex-Brentford, o zagueiro Jarell Quansah e o meia Malik Tillman estão entre os reforços já confirmados. Para Tapsoba, os treinos no Rio serão fundamentais para a reconstrução da equipe.
Tapsoba está feliz com sua primeira visita ao Brasil, um destino que “todos gostam de visitar”. Durante as férias, ele assistiu à Copa do Mundo de Clubes e ficou impressionado com os times brasileiros, que combinam o conhecido toque de bola com a intensidade europeia.
A referência não é por acaso. Afinal, o Barcelona foi o primeiro time a conquistar o jovem Edmond em Burkina Faso.
– Eu gostava de assistir Ronaldinho Gaúcho jogar, porque eu era meio-campo e gostava daquele Barcelona. O Ronaldinho era o jogador mais querido na África.